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63 | I Série - Número: 092 | 18 de Junho de 2009

É a censura também de todos quantos esperavam ao menos agora, nas propostas dos diferentes candidatos a eleições europeias, alguma resposta para tantos problemas, mas que o melhor que ouviram do candidato socialista foi a ideia peregrina de um novo imposto europeu, secundado pelo Presidente do Partido Socialista, que, achando pouco, considerou mesmo normal um imposto mundial. Assim é que era, está mesmo a ver-se!»

Aplausos do PS.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Ainda há semanas, alguns comentadores — os de sempre — antecipavam do alto da sua cátedra a vitória do PS e a inevitabilidade do fim do CDS. E hoje, apesar de tudo lhes ter saído ao contrário, continuam a comentar do mesmo sítio, com as mesmas certezas e a mesma pose, como se nada tivesse acontecido, sem sequer um «enganei-me» ou um «desculpem lá qualquer coisinha».
Das empresas de sondagens nem falo!» Porque tambçm aqui as coisas acontecem e no dia seguinte continua tudo na mesma.
Mas, para esses comentadores, o problema do PS — dizem agora com a mesma razão de ciência — foi o estilo do Primeiro-Ministro. O Primeiro-Ministro é muito frontal, não cede, ouve pouco. O «animal feroz» é agora um problema.
Facto extraordinário, porque, se bem me lembro, o que agora dizem que são defeitos do Primeiro-Ministro eram rigorosamente, até ao dia 7 de Junho, as maiores qualidades que lhe asseguravam todas as vitórias.
Enfim»

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — O Sr. Primeiro-Ministro ouviu-os, acreditou e perdeu. E agora, provavelmente, vai acreditar outra vez, e até vai mudar de estilo.
Só que é exactamente aí que entra, de novo, o CDS. Entra, de novo, o CDS porque o problema da governação, Sr. Eng.º José Sócrates, não está no estilo do Primeiro-Ministro. Está mesmo nas políticas do Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro trará agora, em pré-campanha e campanha eleitorais um novo estilo ao País, mas o CDS significa para Portugal as novas políticas que os portugueses precisam.
O CDS formalizou no Parlamento, como é normal em democracia, a censura que Portugal expressou nas urnas. Numas primárias, para o que se vai seguir. Daqui a pouco, estaremos todos, outra vez, a decidir da composição da Assembleia da República e de quem nos governará numa próxima legislatura.
O CDS lá estará, de novo, nas urnas, onde se fazem todas as sondagens, a mostrar por que razão é um partido fundador da democracia, tem doutrina, mostra trabalho e representa a direita democrática, que mais ninguém significa, mesmo que muitas vezes queira.
Hoje, somos oposição a este Governo e a esta maioria. Daqui a meses, queremos ser alternativa e queremos ser bom governo.
Termino, até, citando, de novo, como comecei, o Primeiro-Ministro naquela entrevista de tempos idos de 2004, quando era Deputado: «Agora chegou o momento da verdade, o debate já não é apenas a dois, é a três: nós, o Governo e o povo. E se o primeiro-ministro não quis ouvir durante estes dois anos, vai ter de ouvir agora, no momento das eleições.»

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, antes de procedermos à verificação do quórum e de passarmos à votação da moção de censura, a qual exige um voto com confirmação electrónica, o Sr. Secretário vai dar conta de expediente que, entretanto, chegou à Mesa.

O Sr. Secretário (Fernando Santos Pereira): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, deram entrada na Mesa, e foram admitidos, o projecto de resolução n.º 508/X (4.ª) — Recomenda ao Governo que tenha em conta a