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39 | I Série - Número: 099 | 3 de Julho de 2009

Risos do Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Ó Sr. Deputado, isso não ajuda á sua imagem põblica. Esse ar descomposto»

Risos do Primeiro-Ministro.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — De agricultura «não pesca nada»!

O Sr. Primeiro-Ministro: — » não ajuda em nada á sua imagem junto da lavoura»

Risos do Primeiro-Ministro e aplausos e risos do PS.

Vê-lo assim descomposto, atç a roçar um pouco a histeria, descontrolado» Atenção á sua imagem junto da lavoura»!

Risos do Primeiro-Ministro.

Depois, quanto ao turismo, a alteração ao nível da Comunidade foi recente e nós estamos a discutir honestamente com o sector do turismo a competitividade fiscal, que não tem apenas a ver com o IVA (também tem, mas não tem apenas). Ora, nós gostaríamos de fazer uma discussão que tivesse esse horizonte. E esse diálogo está a ser feito e está a ser prosseguido. Mas, antes de tomar decisões, é preciso estudo e é preciso fazer umas contas. Quer dizer, é preciso ler uns papelinhos e não fazer discursos sem papelinhos, pois isso conduz muitas vezes a dizer aquilo que não é verdade e a alterar a realidade.

O Sr. Presidente: — Queira terminar, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — E como o Sr. Deputado sabe, o preço de se fazer isso no governo é muito alto» É mais fácil na oposição, pois dizer-se, sem responsabilidade, que há apenas três contratos quando há 176»! Mas no Governo, Sr. Deputado, há uma maior exigência.
É por isso que lhe digo, Sr. Deputado, que, nesta matéria como noutras, o Governo está do lado da responsabilidade e faz aquilo que pode e não aquilo que não pode. Mas todos aqueles que negoceiam com o Governo sabem que estamos disponíveis para ir aonde pudermos, para apoiar os sectores, para dinamizar a nossa economia e para criar emprego.

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Nós percebemos bem a importância que o turismo tem para a economia nacional, mas só faremos aquilo que honestamente estiver ao alcance dos contribuintes portugueses.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra, em nome do Grupo Parlamentar Bloco de Esquerda, o Sr. Deputado Francisco Louçã.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, o País aguardava com ansiedade este dia porque hoje vai revelar-se um mistério: por que é que o Governo está tão contente consigo próprio? É claro que o Sr. Primeiro-Ministro nos explicou aqui que, apesar de termos chegado ao «paraíso«» «Tudo vai bem, tudo corre bem e fazemos o que ç necessário» Há ç uns mafarricos que querem prejudicar o País«» — e esses são o resto do mundo inteiro, que se porta mal, e a maioria dos portugueses que não vota no Governo.
Queria, em contrapartida, Sr. Primeiro-Ministro, porque este é o teste da política, discutir com o Governo por que é que Portugal não tem razões para estar contente com este Governo.