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35 | I Série - Número: 099 | 3 de Julho de 2009

O Sr. Primeiro-Ministro: — Quem age pode cometer erros, mas não cometemos os erros de não agir, e o erro que o Sr. Deputado cometeu quando esteve no Governo foi o de ter tido uma oportunidade, e não a ter aproveitado, para fazer a avaliação de professores.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Qual é o modelo?

O Sr. Primeiro-Ministro: — Qual é o modelo que vão ter? Vão ter o modelo que resultar das avaliações que estão a ser feitas. Tomaremos, muito em breve, uma decisão sobre esta matéria, que não andará longe do seguinte: o modelo que aplicámos este ano, o modelo simplificado, precisa de ganhar consistência e experiência e, com base nesse modelo e nas avaliações que entretanto foram feitas por diferentes instâncias, teremos avaliação! Não teremos é ausência de avaliação!!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Ahhh...!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Lamento muito ver o seu partido nas manifestações, com o seu líder parlamentar, na Avenida da Liberdade, a reclamar que a avaliação de professores não existisse.

Vozes do CDS-PP: — Não, não!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Ao que chegou a direita portuguesa: «Não queremos avaliação! Queremos que o Governo suspenda essa avaliação!»

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Mentira!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Olhe, Sr. Deputado, sabe o que lhe digo? Isso diz tudo do oportunismo político a que o Sr. Deputado conduziu o seu partido.

Aplausos do PS.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Isso já não me incomoda»!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Isso chama-se, repito e sublinho, oportunismo político.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Isso chama-se mentira! Não é verdade!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Depois, quanto à agricultura, mais uma vez — aliás, o Sr. Deputado convida muito a Câmara a pequenas graçolas —, o Sr. Deputado disse: «Estava a ler um papel!», como se isso fosse estranhíssimo»

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Estava, estava!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Olhe, Sr. Deputado, o que lhe recomendo é que, antes de fazer perguntas, leia os papelinhos! É porque, se lesse os papelinhos, não dizia as asneiras que tem dito sobre agricultura.

Aplausos do PS.

Protestos do CDS-PP.

A primeira asneira é que o Sr. Deputado não reconhece, como tinha obrigação de fazer, que este Governo negociou o maior pacote de ajuda financeira algum dia conseguido, em Bruxelas, para a agricultura portuguesa.