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42 | I Série - Número: 046 | 3 de Fevereiro de 2011

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Portanto, relativamente a essa matéria, estamos onde sempre estivemos, ou seja, na defesa de um projecto que pode e deve contribuir para o desenvolvimento, para o crescimento económico, para gerar emprego e para a estruturação do País e do seu aparelho produtivo, com uma incorporação nacional indispensável relativamente à concretização deste projecto.
Ora, desse ponto de vista, há aqui uma questão que consideramos útil que o CDS defina, sobre as respostas que o País pode e deve encontrar para fazer face a este crise económica que atravessa.
Se o problema é a estagnação económica, se o problema é o desmantelamento do aparelho produtivo, se o problema é o País que exporta cada vez menos e importa cada vez mais, que está cada vez mais dependente do exterior e continua com uma rede de transportes e logística muito aquém daquilo que é preciso, qual é a solução? É investirmos cada vez menos? É continuarmos neste caminho de termos um peso no investimento público que, em 35 anos, é o mais baixo em relação ao PIB?

O Sr. Presidente (Luís Fazenda): — Tem de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Termino já, Sr. Presidente.
Estas respostas que defendemos, de desenvolvimento económico, de crescimento do produto e de investimento público para fazer face à crise e para criar emprego, têm a oposição do CDS. Qual a solução que o CDS propõe então para um País que tem de fazer face a esta crise e ao desemprego?

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Luís Fazenda): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Hélder Amaral.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Bruno Dias, permita-me que, com amizade, lhe diga que, em matéria de coerência, quero registar um pormenor. O PCP é contra as parcerias público-privadas, até tem modelos alternativos, mas, quando é confrontado com elas, está são a favor. É que votou favoravelmente seis parcerias público-privadas.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Não é assim!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — É bom que nos esclareçam. São contra mas, já que elas existem, então, votam a favor.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Faz-se uma pergunta sçria e a resposta ç uma aldrabice!»

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Deputado, vou responder de forma sçria, como ç meu hábito»

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Vai começar a partir de agora! Agora é que conta!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Não, era apenas para responder à nota de rodapé e à coerência. É que, no que toca à coerência, o CDS não pede nem meças nem lições a ninguém!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Não as quisemos dar!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — O que o CDS sempre disse é que defende investimentos de proximidade. A questão que se coloca não tem a ver com o mérito ou a bondade da obra. O problema é que o