48 | I Série - Número: 046 | 3 de Fevereiro de 2011
O PSD requereu já um debate de urgência para que o Governo preste contas sobre este assunto e para que o País perceba bem se o discurso do Governo é ou não para levar a sério e de que forma os anúncios são concretizados.
Aplausos do PSD.
Mas, como maior partido da oposição, também não nos eximimos nem eximiremos à responsabilidade de apresentar e combater pelas nossas ideias. Ideias que queremos sejam úteis já, agora, sem calculismos, para ajudarmos Portugal, mesmo na oposição.
Foi esse exercício de reflexão, de auscultação e de decisão que promovemos nas Jornadas Parlamentares que realizámos nos dois pretéritos dias, em Braga.
Repito: é sem calculismos meramente partidários, assumindo na plenitude a nossa responsabilidade política e as nossas firmes convicções, que apresentamos duas iniciativas legislativas que consideramos muito importantes para prosseguir maior crescimento económico e mais justiça social.
Aplausos do PSD.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Em Portugal, a economia social, para além da relevância do seu legado histórico, das suas profundas raízes na sociedade portuguesa, tem vindo a reforçar-se enquanto subsidiária do Estado em áreas tão importantes como a acção social, a saúde, a educação, a agricultura, a habitação, a cultura, o ambiente ou o desporto.
Desafiamos, pois, este Parlamento e o Governo a discutir e aprovar uma lei de bases deste sector, que se possa estruturar em diplomas complementares e dinamizar da economia social como pilar do nosso crescimento.
Por outro lado, apresentamos também — ao contrário do que faz o Governo, que se concentra em facilitar os despedimentos — um projecto de lei que visa instituir medidas excepcionais de promoção do emprego, novos instrumentos de contratação direccionados para quem se encontra desempregado ou à procura do primeiro emprego.
Aplausos do PSD.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Face às dificuldades que o País enfrenta, há duas opções: A primeira é descer salários e subir impostos. É o princípio e o fim do programa político deste Governo e do Partido Socialista. Pode amenizar a situação mas não resolve o problema de fundo do País.
A segunda opção, que o PSD preconiza e protagoniza, é reformar, reestruturar o Estado e, a partir daí, fomentar o crescimento económico, criar emprego e promover justiça social.
Estejam certos, Srs. Deputados, de que as nossas convicções são firmes e, como tal, seremos consequentes e determinados em colocá-las ao serviço de Portugal.
Aplausos do PSD.
Uma última nota, Sr. Presidente e Srs. Deputados: É verdade que o País tem hoje um Orçamento e um Programa de Estabilidade e Crescimento porque o PSD não fugiu à responsabilidade patriótica de acautelar que Portugal não caísse na bancarrota.
Mas àqueles que pensam que isso inibe a nossa acção política de fiscalização do Governo, devemos lembrar duas coisas.
A primeira é que os únicos responsáveis por Portugal estar já a ser ajudado externamente e andar «com uma mão à frente e outra atrás» é do Partido Socialista e das suas políticas.
A segunda é que, se não queriam que se denunciasse essa situação, tinham governado para a evitar.
O PS lamenta-se hoje de si próprio e do mal que fez ao País. Porque apoucadas, Sr. Presidente do Grupo Parlamentar e Srs. Deputados do Partido Socialista, estão as famílias portuguesas, que estão mais pobres e a quem se tem pedido demasiados sacrifícios, muitas vezes em vão.