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14 | I Série - Número: 050 | 11 de Fevereiro de 2011

do País e sejam capazes de reconhecer, a benefício do País, aquilo que é, sem dúvida, um sucesso num sector que é absolutamente essencial para o nosso País.

Aplausos do PS.

Mas o Sr. Deputado passou uns minutos a emendar a mão, a dizer que, afinal de contas, foram resultados muito positivos, e passou os outros minutos a tentar desvalorizar. O Sr. Deputado desculpe mas quero entrar nesse debate para desfazer essa ideia.
Em primeiro lugar, Sr. Deputado, qual foi o ano, nos últimos 30, em que Portugal teve um contributo maior das nossas exportações para o PIB? Resposta: 2008.
Em 2008, se consultar os seus papéis, que o Dr. Frasquilho lhe há-de ter facultado, tenho a certeza, com enorme imparcialidade,»

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — O senhor é que ainda agora estava a precisar de ajuda!

O Sr. Primeiro-Ministro: — » verá que teve, nesse ano, o maior resultado de sempre — repito, de sempre! — em termos do peso das exportações no PIB.
Esse resultado — estou a citar de memória, não tenho os números comigo — »

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Se pedir o papel»

O Sr. Primeiro-Ministro: — » ç de cerca de 32%. Nunca tivemos um resultado como este de 2008.
E o que aconteceu em 2010, depois da quebra de 2009, que foi comum a todas as economias desenvolvidas, foi que regressámos a mais de 30%. Isso significa uma recuperação muito significativa.
Perguntar-me-á: mas como é que comparamos com os outros? Ó Sr. Deputado, desculpará, mas comparamos com alguns países da União Europeia a 15! Não podemos comparar-nos com os países que ainda há pouco tempo não eram membros da União Europeia e que recuperaram muito rapidamente em função dessa transformação e da abertura do mercado único!»

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Essa agora!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Comparamos, por exemplo, com Espanha e com Itália, que têm um peso do sector exportador inferior ao português.
No que respeita à média europeia, estamos agora mais perto dela, nunca tínhamos atingido um resultado como o que referi, de 32,5%. Por outro lado, Sr. Deputado, fique a saber que, na União Europeia a 15, Portugal é o terceiro país no que diz respeito ao crescimento das exportações.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Por isso, Sr. Deputado, qualquer que seja o ângulo de análise — seja o crescimento, seja a diversificação de mercados, seja o valor acrescentado — , Portugal andou bem nestes últimos anos. O Sr. Deputado perguntar-me-á: isso será mérito do Governo ou das empresas? Certamente é mérito das empresas, mérito dos trabalhadores, mas algum contributo as políticas públicas deram. Vou apenas salientar um desses contributos, se me permite, Sr. Deputado, porque aqueles que andam distraídos não compreendem como isso é vital para a mudança estrutural da nossa economia: as políticas de conhecimento e de educação avançada, as políticas de ciência e de qualificação superior.
Nunca o nosso País teve indicadores tão favoráveis nos rankings internacionais como agora. No ranking da inovação, nestes últimos cinco anos, Portugal foi o País que mais cresceu. Estamos agora a liderar o grupo dos países moderadamente inovadores quando, em 2005, estávamos na cauda da inovação na Europa. Por outro lado, Sr. Deputado, temos hoje, e finalmente, um número de investimento em ciência, em investigação e desenvolvimento que nos aproxima já da média europeia.