O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

15 | I Série - Número: 050 | 11 de Fevereiro de 2011

Portugal foi um dos países que mais cresceu em termos de investimento em investigação e desenvolvimento nestes últimos cinco anos, tendo passado de um investimento de 0,8% do PIB para um investimento de 1,71% do PIB; formámos, em 2010, um número de doutorados igual ao dos doutorados que formámos na década de 80; temos hoje 8,3 investigadores por cada 1000 activos. Esta mudança na investigação e desenvolvimento, na ciência é um dos principais contributos que podemos dar para a economia e para as exportações.

Aplausos do PS.

Já nem quero falar-lhe, Sr. Deputado, das políticas públicas de governação económica que temos adoptado e que deram os seus resultados. Basta olhar para a diversificação económica, para a diversificação dos mercados de exportações.

O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, peço-lhe que conclua.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, as empresas que mais investiram em investigação e desenvolvimento tiveram um crescimento das suas exportações igual a três vezes a média nacional. É por isso que investir em conhecimento, em ciência e em mais qualificações é o melhor contributo que podemos dar para ter mais exportações e uma melhor economia.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Macedo.

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, o Sr. Secretário de Estado não teve tempo de lhe dar os números rigorosos, certos» Nós não estamos mais perto da média europeia! Sr. Primeiro-Ministro, só para que recorde os números, que certamente há-de ter presentes, lembro-lhe que as exportações em Portugal representavam, em 1999, 27,2% do PIB, enquanto a média europeia era 32,4%; em 2009, representavam 27,9% do PIB, enquanto a média europeia era de 36,5%; em 2010, representaram 30,9% do PIB, enquanto a média europeia foi de 40,2%. Como vê, Sr. Primeiro-Ministro, não estamos a aproximar-nos da média europeia!»

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, referi estes números para darmos precisão a este debate e para não fazermos de tudo um acto de propaganda.
Sr. Primeiro-Ministro, se as exportações são importantes não é menos importante para a economia portuguesa o investimento, sobretudo o investimento privado. O investimento privado é o elemento essencial quando discutimos economia, que tem neste particular sintomas preocupantes. De facto, até ao quarto trimestre de 2010, apurámos os seguintes resultados: o investimento privado em Portugal, em 2010, caiu 4,1% no primeiro trimestre; 4,3% no segundo trimestre; e 8,6% no terceiro trimestre. Até ao terceiro trimestre de 2010 — estamos com os mesmos parâmetros de comparação — , o investimento privado em Portugal caiu consecutivamente em oito trimestres, ou seja, em dois anos, portanto, nos últimos dois anos, até ao último trimestre de 2010, o investimento privado em Portugal caiu sempre.
Sr. Primeiro-Ministro, todos sabemos que o investimento privado é absolutamente essencial para o crescimento da economia, para a criação sustentada de emprego e para a dinamização económica do País, mas não o ouvimos dizer uma palavra sobre o investimento privado, tal como não o ouvimos dizer uma palavra sobre o desemprego.

Protestos do PS.