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20 | I Série - Número: 050 | 11 de Fevereiro de 2011

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — » de cidadãos que são independentes, queria responder ao Sr. PrimeiroMinistro, não com declarações de Manuel Maria Carrilho, não com declarações de Ana Benavente,»

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Militantes do PS!

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — » não com declarações de Henrique Neto — »

Aplausos do PSD.

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — » todos cidadãos que não são independentes, são militantes do PS — , mas para citar o Dr. Mário Soares, que, julgo, ainda é militante do PS e que dizia num artigo há oito dias: «Para o PS português é o momento também de fazer uma reflexão aprofundada, para dar um novo impulso à sua participação na vida política, independentemente do Governo, com mais idealismo socialista e menos apparatchik, mais debate político e menos marketing, mais culto dos valores éticos e menos boys, que só pensam em ganhar dinheiro e promover-se. Enfim, mais vontade para o futuro e menos para o passado» — citei o Dr. Mário Soares.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para dar explicações, se assim o entender, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado Miguel Macedo, em primeiro lugar, esses dois socialistas que citou, quero dizer-lhe que nunca convidaria nenhum deles para organizar a elaboração do Programa do Governo, com base no qual me candidataria.

Aplausos de alguns Deputados do PS.

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Isso é lá consigo!

Risos do PSD.

O Sr. Primeiro-Ministro: — O contrário já não se pode dizer, Sr. Deputado! O contrário já não se pode dizer relativamente ao Dr. Carrapatoso, porque percebo bem que a agenda do PSD agora seja a agenda do «Compromisso Portugal». Até pensei que o Sr. Deputado ia não reagir de outra forma, na defesa da honra, senão despedindo o Dr. António Carrapatoso» Verifico que não o fez! Mas não foi o único a defender os despedimentos na função pública. Aliás, quero recordar-lhe que algumas moções aprovadas no congresso do seu partido tinham referências como esta, que se deve reduzir em 20% o número de funcionários públicos.

Protestos do PSD.

Quero recordar-lhe as declarações, inclusive, do Dr. Passos Coelho, Sr. Deputado, que diz que redimensionar o Estado pode exigir também não ter o mesmo número de efectivos. E já agora, Sr. Deputado, explique-nos lá o é que o senhor, querendo extinguir organismos públicos, empresas públicas, depois faz aos respectivos funcionários públicos?

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Mas que funcionários públicos?» Nas empresas públicas não há funcionários públicos, Sr. Primeiro-Ministro!

Risos do PSD.