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24 | I Série - Número: 050 | 11 de Fevereiro de 2011

que a única coisa que está na sua cabeça é o momento em que vai abrir uma crise política para substituir o Governo. E o Sr. Deputado acha que é com isso que dá uma ajuda ao País?!

Aplausos do PS.

O Sr. Deputado fica maldisposto cada vez que o Governo anuncia uma boa execução orçamental. E o Sr. Deputado acha que não devemos fazer isso? Acha que a boa execução orçamental não é absolutamente fundamental para o reforço da nossa credibilidade internacional e para resistirmos àquele que é o movimento especulativo à volta dos juros da dívida soberana? Sabe, Sr. Deputado, o aumento dos juros da dívida soberana não se verifica só em Portugal, mas em todos os países da União Europeia. Esse é um movimento europeu. E com certeza que devemos batalhar contra isso.
Mas, Sr. Deputado, o País deve ter uma estratégia para que possa vencer e ultrapassar este momento — e vai fazê-lo, Sr. Deputado. Apesar de eu ter ouvido várias vezes responsáveis políticos, como ouvi do seu partido, antes da colocação da dívida soberana, fazerem afirmações contra o seu País.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, peço a palavra para defender a honra da minha bancada.
Sr. Primeiro-Ministro, está a pôr em causa o nosso patriotismo?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O Sr. Deputado excita-se muito quando digo alguma coisa para o criticar, mas nunca se inibe de fazer as críticas mais violentas.
Pois eu digo-lhe, Sr. Deputado: é contra os interesse do nosso país que uma Deputada do seu partido tenha dito a um canal de televisão internacional, antes de colocarmos a dívida, que Portugal é um país sem credibilidade e que vai haver uma moção de censura daqui a alguns meses.

Aplausos do PS.

Vozes do PS: — É uma vergonha!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Acha que isso é patriotismo? Acha que isso é defender o seu País? Acha que isso contribui»

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — É mentira!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Desculpe, Sr. Deputado, mas tenho a transcrição dessas declarações! A alguns dias da colocação da dívida, afirmar que o País não tem credibilidade, que vai haver uma moção de censura lá para Abril ou Maio e que o Governo vai ser substituído não é defender os interesses do nosso país, não é lutar pelo seu país!

Aplausos do PS.

Sr. Deputado, acho que deve haver contenção, mesmo quando estamos na oposição.
Por isso, Sr. Deputado, desculpará, mas essas declarações não são de quem se dispõe a estar ao lado das instituições na defesa do seu país, são apenas raciocínios oportunistas que têm mais a ver com o poder e com as estratégias partidárias do que com os interesses do País.
Digo-lhe aquilo que tenho vindo a dizer: isto não tem a ver com estratégias partidárias, isto não tem a ver com partidos, isto tem a ver com o País. E este é o momento para defendermos o País e não para o Sr. Deputado ter apenas presente aquilo que interessa ocasionalmente ao seu partido.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado Paulo Portas pediu a palavra para defender a honra da sua bancada.
Tem a palavra, Sr. Deputado.