O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

29 | I Série - Número: 050 | 11 de Fevereiro de 2011

Uma segunda razão é porque há metade dos trabalhadores portugueses que vive de uma forma totalmente precária (a recibos verdes, desempregados, em falsas situações de contrato inexistente, num «offshore laboral» que este Governo tem promovido. Ora, nós queremos defender esses trabalhadores.

Aplausos do BE.

Finalmente, fá-lo-emos por uma terceira razão, Sr. Primeiro-Ministro: porque queremos parar a política deste Governo — lamento dizer-lhe isto, mas é assim que tem de ser dito. O Governo quer «despedimentos Simplex», quer tornar o despedimento mais barato, tem uma obsessão pela facilidade do despedimento. Ora, em nome da vida das pessoas, queremos reverter, combater, vencer, impedir, fazer recuar essas medidas que este mês serão apresentadas.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Francisco Louçã, tratou-se do «número» político da tarde. Eis Francisco Louçã em todo o seu esplendor!

Aplausos do PS.

Vozes do BE: — Oh!»

O Sr. Primeiro-Ministro: — Srs. Deputados, Francisco Louçã, há 10 dias atrás, a propósito de declarações do Partido Comunista, dizia: «Moção de censura? Não faz nenhum sentido». A propósito de comentários do PSD, dizia: «Moção de censura? Não, porque não facilito a vida à direita». Agora, vem aqui fazer a declaração de que vai apresentar uma moção de censura!

Aplausos do PS.

Ó Sr. Deputado, julga que não o entendemos?! Pensa que não percebemos a sua táctica?! O Sr. Deputado julga que essa táctica não é esclarecedora?! O que o Sr. Deputado pretendeu com isso foi antecipar-se aos colegas do lado, do PCP. Isso é concorrência entre os dois!

Aplausos do PS.

Se um diz «mata«, o outro diz «tenho de me antecipar, vou dizer ‘esfola’ para impedir o outro de apresentar uma moção de censura e para ser mais radical contra o Governo.» Esta é a pobreza do no nosso espectro político da esquerda radical! É a pobreza da esquerda radical,»

Aplausos do PS.

» que só pensa em eleições e em moções de censura.
Sr. Deputado Francisco Louçã, lamento dizê-lo, mas o senhor colocou-se na posição de quem dirige um partido «bota abaixo». O Sr. Deputado só pensa em «botar abaixo». Isso é radicalismo e sectarismo.
Diz o Sr. Deputado que não quer ajudar a direita. Ó Sr. Deputado, como pretende que acreditemos nisso?! Há uns dias atrás, só porque era proposto pelo Partido Comunista, o Sr. Deputado disse que não fazia qualquer sentido apresentar uma moção de censura. E agora já faz sentido?! Ó Sr. Deputado, poupe-nos, poupe-nos a essas tácticas. São muitos anos disso! No fundo, Sr. Deputado, nunca saiu de si o que está na génese do seu Movimento: um ódio sectário ao Partido Socialista e uma incapacidade para aceitar o PS no Governo.