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30 | I Série - Número: 050 | 11 de Fevereiro de 2011

Aplausos do PS.

Sr. Deputado, uma crise política significaria um grande prejuízo para o País, um gravíssimo prejuízo para o País. Estou absolutamente convencido disso.
Estamos a viver um momento extremamente delicado. Temos bons resultados da execução orçamental de 2010.

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Fizemos o que nos comprometemos fazer em 2010, Portugal deu um contributo para a estabilidade e para a defesa do euro, vivemos um momento delicadíssimo para Portugal e para a Europa, Portugal tem bons resultados da execução de Janeiro, e depois desses bons resultados a única coisa que os portugueses ouvem são apelos irresponsáveis à instabilidade política!

Aplausos do PS.

Uma crise política significaria um agravamento da crise económica no nosso país. O Governo luta pela estabilidade política porque sabe que entre a estabilidade e a crise há 10 milhões de portugueses que pagariam com isso.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, para quem defende, como eu, que não deve haver nenhum pedido de ajuda internacional, pelo que isso significaria de opróbrio para o nosso país nos próximos 10 anos, de enfraquecimento da nossa posição no mundo, da introdução de uma agenda liberal do próprio FMI, a sua é uma atitude irresponsável qualquer que seja o ponto de vista da esquerda pelo qual olhemos para a sua proposta.
Uma crise política vai ter essas consequências, não tenham a mínima dúvida!

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — E o Sr. Deputado, por meros interesses tácticos de competição com o Partido Comunista Português, coloca-se na linha da frente como autor e liderante de uma instabilidade política que nada de bom trará aos portugueses.
Lamento muito, Sr. Deputado, tê-lo visto fazer um dos «números» políticos mais lamentáveis a que assisti na vida política portuguesa.

Aplausos do PS, de pé.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Louçã.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, agradeço-lhe sinceramente os seus cumprimentos. Sei que são partilhados pela bancada do Partido Socialista, muito entusiasmada com o facto.

Protestos do PS.

Sr. Primeiro-Ministro, devo dizer-lhe que, conhecendo-o como o conheço, com a velha amizade que nos une, desconfiava que o senhor procuraria responder a uma questão política essencial para os destinos do País com um pequenina intriga. Então, respondo-lhe já sobre essa intriga: à esquerda nunca haverá nenhuma guerra acerca da política, porque o que junta pessoas tão diferentes em todas as esquerdas, é combater pelo salário, pelo emprego, pelos direitos sociais e contra a agiotagem!