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2 DE JULHO DE 2011

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Nisso, os diplomatas podem dar uma sensível ajuda. Ser diplomata desta antiquíssima Nação nestes dias

tormentosos de 2011 é, acima de tudo, sem prejuízo da diplomacia clássica, promover as empresas

portuguesas no exterior, promover os produtos portugueses no exterior, apoiar a marca Portugal no mundo,

contactar investidores, apresentar empreendedores, atrair investidores. Ou seja, participar, ajudar no mais

notável dos esforços, que é a recuperação da confiança, mediante uma estratégia ordenada e coordenada que

temos de saber executar.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Um daqueles homens de Estado que nos faz lembrar a parte boa

do século XX — curiosamente, um democrata cristão alemão —, o chanceler Konrad Adenauer, afirmou esta

ideia que é luminosa: «A história também é a soma do que podíamos ter evitado».

Claro que a situação de Portugal podia ter sido evitada e impressiona que certas reformas óbvias venham a

ser feitas porque alguém de fora nos diz que devem ser feitas. Mas esta reflexão melancólica não nos levaria a

lado algum se não fosse acompanhada pela determinação em curar o mal, sarar a ferida, impor uma ética do

esforço, do trabalho, do mérito e da contenção, fazer o que é preciso fazer, decidir o que tem de ser decidido e

transformar cada dia que falta num dia que nos deixa mais longe da péssima situação de que partimos.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Não é a primeira vez que Portugal é capaz do que parece tão difícil. Mas Portugal, como todos sabemos, já

noutras épocas se endividou e empobreceu, e nem por isso soçobrou.

Portugal é capaz, os portugueses são capazes. Os portugueses de hoje e também, e sobretudo, os

portugueses de amanhã são herdeiros de uma velha têmpera, que sempre surpreendeu o mundo na

adversidade.

Vamos a isso!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados e Sr.as

Deputadas, terminámos aqui a

sessão de encerramento do debate do Programa do Governo e, com isso, nos termos da Constituição, o

Governo adquire plenos poderes para o exercício das suas funções.

Quero aproveitar para dizer, sobre as diferenças que nos separaram e nos enriquecem, que temos pela

frente um imenso desafio colectivo, que mobiliza o Parlamento, o Governo e a sociedade.

Retomando uma palavra do último discurso, mas repetindo-a três vezes, para retomar, com a repetição, o

slogan de uma velha assembleia, diria que o que todos precisamos é de audácia, audácia, audácia.

O Governo fica agora liberto da sua presença aqui, connosco, para começar o seu trabalho.

Srs. Deputados e Sr.as

Deputadas, vamos continuar as nossas actividades com alguns pequenos actos que

ainda temos de praticar no Plenário.

O primeiro é a apreciação e votação do voto n.º 1/XII (1.ª) — De pesar pelo falecimento do Dr. Fernando

José Russo Roque Correia Afonso (PSD, PS, CDS-PP, PCP, BE e Os Verdes).

O Dr. Fernando Correia Afonso foi Deputado nesta Assembleia e hoje vamos aqui recordá-lo através deste

voto. O voto é subscrito, em primeira linha, pelo Sr. Deputado Guilherme Silva, mas tem o acordo de todas as

bancadas.

Vou dar a palavra ao Sr. Secretário para proceder à leitura do voto.

O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, o voto é o seguinte:

Faleceu, no passado dia 27 de Maio, em Lisboa, o Dr. Fernando José Russo Roque Correia Afonso.

O Dr. Fernando Correia Afonso nasceu em S. Tomé, no dia 3 de Julho de 1929.

Era licenciado em Direito e exerceu, durante longos anos, de forma brilhante e deontologicamente

exemplar, a profissão de advogado.

Desempenhou, aliás, funções, das mais relevantes, no âmbito na Ordem dos Advogados, designadamente

a de Vice-Presidente do Conselho Superior e a de Presidente do Conselho Distrital de Lisboa.