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I SÉRIE — NÚMERO 49

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«mensalão», chamemos-lhe avença não declarada, mas a verdade é que a corrupção social e a corrupção do

Estado envenenam os próprios alicerces da democracia e do desenvolvimento económico, não conhecem

fronteiras entre privado e público, criam fortes distorções no mercado e servem apenas para agravar as

desigualdades sociais.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Mendes Bota (PSD): — O povo português está farto de assistir à falência de quem trabalha

honestamente e ao sucesso de quem enriquece à margem das leis.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Aos pacotes da transparência, sucedem-se os pacotes do combate à corrupção, mas pouco ou nada tem

mudado no essencial, porque, muitas vezes, os senhores detiveram-se no acessório.

E olha-se para o pacote legislativo do PS, ouve-se a eloquência de V. Ex.ª do alto daquela tribuna e fica-se

com a sensação de ser «muita parra e pouca uva»!… Fica-se com a sensação de ser uma mão cheia de

nada!… Fica-se com a sensação de que é para distrair as atenções do essencial e para marcar o ponto de

uma promessa feita na corrida eleitoral para uma liderança partidária.

Parece muito mas sabe a pouco, porque estas coisas não se medem pela quantidade do papel mas, sim,

pela profundidade com que se atacam os alicerces do edifício da corrupção, e aí o PS ficou-se apenas pelos

acessórios do jardim.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Mendes Bota (PSD): — Sr. Deputado, olhe de frente para a Câmara e estará a olhar para o País,

explique ao País, olhos nos olhos, por que razão o PS foge da criminalização do enriquecimento ilícito com o

«diabo foge da cruz».

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Porque se recusa o PS a ouvir o sentimento profundo do povo português de repúdio por aqueles que,

impunemente, continuam a pavonear a sua riqueza obtida à margem da lei? Por que é que os senhores não

encontram uma razão para estar alinhados com o País, porque um País que está cheio de corrupção é um

país sem futuro e é um país a quem roubaram a esperança.

Se o PS não entende isso, então, não está a entender o País!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Telmo Correia.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Sr. Deputado Alberto Martins,

inscrevi-me para um pedido de esclarecimento e é o que procurarei fazer.

Sr. Deputado, uma alta figura do PS dizia ontem que entre a doutrina tradicional do PS, designadamente do

PS no governo, e aquilo que agora o PS apresenta há uma diferença de 180o.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — E dias!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — E dias, também!

Mas não fui eu que fiz essa afirmação e, por isso, a primeira pergunta que quero colocar-lhe é a de saber

como nasceram estas propostas. Como é que elas nasceram? De facto, a ideia que fica é que o PS, quando

está no governo, estuda mais ou menos os assuntos mas não legisla, não faz, e quando está na oposição faz

mas não estuda! É um bocado a sensação que nos fica, porque os senhores estiveram no governo, tinham até

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