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I SÉRIE — NÚMERO 94

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não se coloca a questão do encerramento da MAC. Já estava planeado há vários anos para vir a ser uma

realidade.

Eu não disse que não valia a pena não ter sentimentos. Pelo contrário, não vale a pena é utilizar os

sentimentos para fazer política.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — É preciso usar sentimentos, é!

O Sr. Ministro da Saúde: — Vale a pena é ter respeito por esta unidade e o Governo entende que a

Maternidade Alfredo da Costa tem qualidade e que as equipas devem ser preservadas.

Mas, atenção, primeiro, devem ser preservadas equipas para 3000 e não para 6000 partos, que é o que

está previsto que a maternidade venha a ter e, portanto, de certeza, que a equipa não será a mesma.

Segundo, as equipas devem ser integradas e deve assegurar-se que continuem a funcionar com qualidade.

Porém, não mistifiquemos as coisas. Uma parte importante da equipa da Maternidade Alfredo da Costa,

que é muito positiva, veio do Hospital de D. Estefânia há menos de um ano e outra parte da equipa da

Maternidade Alfredo da Costa foi, como sabem, para Loures.

O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Claro! Por isso é que agora é preciso haver estabilidade!

O Sr. Ministro da Saúde: — Portanto, as equipas não são sinal de imobilismo. Que isso fique muito claro.

Relativamente à questão da falta de sangue, queremos que sejam feitas mais recolhas de sangue, mas

entendemos que os hospitais também devem fazê-lo. E, respondendo à sua questão, de facto, as pessoas

preferem, por uma questão afetiva, dar sangue no hospital que conhecem do que numa carrinha por onde

passam.

Portanto, embora as pessoas deem sempre sangue com generosidade e de uma forma benévola onde

quer que seja, preferem dar num sítio onde têm familiares que já foram tratados ou onde eles próprios já o

foram.

Sr. Presidente, vou deixar as restantes observações para a minha intervenção final.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Adão Silva (PSD): — Para interpelar a Mesa, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr. Presidente, na decorrência da citação feita há pouco pelo Sr. Deputado

Manuel Pizarro, peço ao Sr. Presidente que solicite ao Sr. Deputado as minhas declarações na íntegra, porque

eu disse que se a unidade local de saúde do nordeste ficasse com o financiamento que o governo do Partido

Socialista tinha deixado seria a desgraça da população do distrito de Bragança. E disse mais: disse que

confiávamos em absoluto que este Governo seria capaz de ultrapassar a situação de bloqueio deixada pelo

governo anterior.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr. Deputado, manifestamente excedeu o objetivo da interpelação à

Mesa.

Tem a palavra o Sr. Deputado Manuel Pizarro, que também a solicitou, mas espero que não seja para fazer

citações na íntegra, porque não temos disponibilidade regimental para tal.

O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Sr. Presidente, não vou responder a esta defesa da honra porque não tive a

intenção de ofender o Sr. Deputado Adão Silva.