10 DE MAIO DE 2012
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O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … o principal dos quais foi, sem dúvida, o processo de implantação e
aprofundamento de regimes políticos democráticos, condição essencial de adesão à União Europeia, e
princípios de organização política e social, de que não prescindimos nunca.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — O facto de hoje convivermos num espaço composto por 27 democracias
e darmos isto como algo tão normal não deve inibir-nos de olhar para trás e verificar que ainda há poucas
décadas isto era uma miragem.
A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Muito bem!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Olhemos, então, para a Europa de maio de 1950 e percebamos o que
os europeus foram capazes de realizar nestes 62 anos.
Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: A construção europeia, no quadro do mercado único e da união
económica e monetária, enfrenta hoje novos desafios de grande complexidade que exigem dos Estados e dos
seus dirigentes políticos, elevado sentido de responsabilidade.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Se para a democratização da Europa os povos europeus se
contagiaram de forma positiva, no aprofundamento da integração política e económica e na dinamização da
união monetária, os desequilíbrios financeiros, de competitividade e de crescimento de uns afetam, inelutável
e negativamente, a vida dos outros.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Por isso, o tratado orçamental subscrito por 25 Estados-membros é tão
relevante e decisivo para responder e prevenir crises como aquela que atravessamos.
Aplausos do PSD.
Como dissemos aquando da sua discussão, este Tratado representa a nossa recusa de repetir os erros do
passado. Erros que, no caso de Portugal, nos forçaram, nos últimos 35 anos, a pedir ajuda externa por três
vezes. Ajuda, essa, sem a qual não conseguiríamos preservar o nosso Estado social e sem a qual não
conseguiríamos recuperar a economia para voltar a crescer.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Quando muitos desdenham da regra de ouro ou quando outros não lhe
querem conferir, de forma clara e inequívoca, a estabilidade e a durabilidade que a sua natureza estrutural
comporta, o que fazem é desvalorizar a solidariedade entre os Estados e, dentro destes, a solidariedade entre
gerações.
Aplausos do PSD.
Srs. Deputados, é verdade que a Europa e Portugal precisam de mais crescimento económico e mais
emprego. Mas também é verdade que abrir um novo ciclo de crescimento sustentável e duradouro exige rigor
e disciplina orçamental. E, a um País que está sob assistência, exige também alguma paciência, alguma
persistência, alguma resistência e muita, muita responsabilidade.
Vozes do PSD: — Muito bem!