O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

22 DE SETEMBRO DE 2012

15

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, creio que já respondi a esta pergunta do Sr. Deputado.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, Sr. Deputado António José Seguro.

O Sr. António José Seguro (PS): — É elucidativa a sua resposta, Sr. Primeiro-Ministro.

Aplausos do PS.

Sr. Primeiro-Ministro, olhe bem para mim. Quero dizer-lhe uma coisa: terá o PS pela frente se ousar

privatizar a Caixa Geral de Depósitos!

Aplausos do PS.

Terá o PS pela frente! Não ouse!

Protestos do PSD.

Como tem o PS pela frente, se persistir em manter, ainda que calibrada ou modelada, a sua proposta de

taxa social única!

Aplausos do PS.

E não terá apenas o PS pela frente, Sr. Primeiro-Ministro! Terá o País, terá os portugueses, de quem o

senhor se divorciou e persiste em não escutar.

Aquilo que os portugueses lhe exigem é que seja um Primeiro-Ministro à altura de resolver os problemas do

País, que são problemas difíceis, graves mas que, ao mesmo tempo, o faça com sensibilidade social. Ora, um

Primeiro-Ministro que anuncia ao País a medida da taxa social única, que não está no Memorando, isso

significa que não conhece o País, não respeita os portugueses, não atribui nenhum valor ao trabalho dos

portugueses…

Protestos do PSD.

… e faz esta coisa inacreditável, que é transferir rendimento do trabalho para as entidades patronais.

Quero dizer-lhe que isso é quebrar um consenso e um contrato social no nosso País, isso é substituir a

função dos bancos de financiar as empresas e pôr os trabalhadores portugueses a fazê-lo, isso é inaceitável, é

uma linha que separa a austeridade da imoralidade, que nós não aceitaremos e lutaremos até ao fim para

evitar essa concretização.

Aplausos do PS.

O senhor em duas semanas deitou tudo fora. Deitou fora o diálogo social, deitou fora o diálogo político,

deitou fora a confiança que alguns portugueses ainda depositavam em si, porque lhe davam o benefício da

dúvida.

Como é que os portugueses podem acreditar num Primeiro-Ministro que há um ano lhes prometeu que

atingiria 4,5% do défice com os sacrifícios que lhe pediu?!