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12 DE OUTUBRO DE 2012

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O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Pois, esses não interessam!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Deputado, vou terminar, agora sim, com um populismo assumido.

Sabe porque é que eu sei do que falo? É que eu fui ver os contratos de empresa e vou ler-lhe ao artigo 69.º do

contrato de empresa da Carris, que diz o seguinte: «A empresa manterá nas estações barbearias devidamente

apetrechadas para uso privativo de todo o pessoal, incluindo dos reformados.»

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Não há barbearias nenhumas…! Não sejam trafulhas!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Ah, pois é!….

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — São exatamente esses direitos que outros trabalhadores não têm e que

outras empresas não conseguem dar.

Aplausos do CDS-PP e de Deputados do PSD.

Protestos do PCP.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr.ª Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Bernardino Soares.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr.ª Presidente, era para pedir à Mesa que disponibilizasse alguns

dados históricos à bancada do CDS que lhe permitissem compreender que, sendo a Carris uma companhia

originariamente gerida por um grupo inglês, antes de ser uma empresa pública, esse grupo dava uma grande

atenção à questão da indumentária e da apresentação dos seus funcionários e que, há muitas, muitas

décadas, isso significava ter no regulamento as tais barbearias, que não existem há muitos anos mas

continuam a ser invocadas como argumento para as posições tomadas hoje.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Tenha vergonha! Tenha vergonha!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr. Deputado Hélder Amaral, desafio-o a encontrar essas barbearias e a ir lá

cortar o cabelo, porque ninguém sabe onde é que elas estão.

Aplausos do PCP.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, peço a palavra, também para uma interpelação à

Mesa.

A Sr.ª Presidente: — Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, não vou, mais uma vez e pela enésima vez,

desvirtuar esta figura regimental da interpelação à Mesa…

A Sr.ª Presidente: — Convinha mesmo que não o fizessem, Srs. Deputados.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Estou de acordo, Sr.ª Presidente.

Mas, nos mesmos termos usados pelo Sr. Deputado Bernardino Soares, quero apenas dizer que, já agora

que essa distribuição de dados históricos que o Sr. Deputado requereu e vai ser feita, possa ser feita por meio

informático e não em papel, porque precisamos de poupar e isso parece-me importante.