O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 10

40

O Sr. Pedro Lynce (PSD): — Aí, sim, foram atingidos, mas esses tempos, com certeza, não os queremos

repetir.

Gostava também de lhe chamar a atenção que a atual gestão da EDIA tem, pela primeira vez, interessados

na comercialização, ao contrário do que sucedeu no passado, porque, em 2005, abandonaram a parte da

comercialização. Como sabe, temos agora, inclusive, a história do amendoim, no âmbito da qual apareceram

várias empresas multinacionais, nomeadamente a Coca-Cola, a querer investir no Alqueva, o que me parece

importante.

Por outro lado, o Governo também disse que concluiria a obra até 2015, o que me parece igualmente

importante.

Quero apenas dizer-lhe mais uma coisa, Sr. Deputado: não há dúvida de que o Partido Comunista não nos

disse tudo o que determinou, mas eu, que tive o cuidado de ler, sinceramente, não o esperava, esperava, sim,

que o Partido Comunista já se tivesse adaptado…

Entretanto, assumiu a presidência a Vice-Presidente Teresa Caeiro.

A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Lynce (PSD): — Concluo já, Sr.ª Presidente, é só mais 1 minuto.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Menos de 1 minuto, certamente, Sr. Deputado, visto que já

ultrapassou o tempo de que dispunha em quase 2 minutos.

O Sr. Pedro Lynce (PSD): — Com certeza, Sr.ª Presidente.

Quero apenas referir que o Partido Comunista continua preso à velha reforma agrária, mas estava

convencido de que já se tinham adaptado, nomeadamente, a um país da União Europeia.

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado João Ramos.

O Sr. João Ramos (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Pedro Lynce, agradeço as questões que

colocou.

Efetivamente, o Sr. Deputado puxou muito pela agricultura e pela evolução que tinha havido nesta matéria,

mas o que ouvimos, no terreno e junto dos agricultores, não condiz bem com a intervenção que o Sr.

Deputado aqui fez.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exatamente!

O Sr. João Ramos (PCP): — É que os agricultores, no terreno, e ainda agora nas nossas jornadas o

fizeram, dizem-nos que as empresas agrícolas têm dificuldade no acesso ao crédito, não conseguem aceder

ao crédito, apesar do dinheiro que os senhores já transferiram para a banca, para financiar a economia, ou

que deveria ser para financiar a economia.

As organizações de produtores pecuários estão completamente asfixiadas, porque não recebem os seus

valores. Até a estrutura de destruição de cadáveres funciona à custa das organizações, porque não é

devidamente financiada.

Os agricultores, e ouvimos isto do maior produtor/embalador de azeite do País, que é a Cooperativa

Agrícola de Moura e Barrancos, ficam completamente limitados pela grande distribuição, que domina o

mercado, em Portugal, e por isso têm de se render àquelas que são as suas evidências ou até aos preços de

primeira venda, que continuam a ser um importante fator de asfixia das empresas agrícolas.

Mas o Sr. Deputado falou também no Alqueva e no compromisso do Governo para a sua conclusão em

2015, que registamos como um compromisso político, uma vez que, passados seis ou sete meses da Ovibeja,