O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

12 DE OUTUBRO DE 2012

45

O Sr. João Ramos (PCP): — Foi o PS que decidiu introduzir as portagens — é bom não esquecer!

Foi ainda o PS que fez a avaliação da empresa a quem entregou a concessão, que, afinal, passados seis

meses, não tinha condições financeiras para executar a obra, a qual agora temos que rever e com custos para

o País.

Relativamente ao Alqueva, é importante lembrar que o PCP foi talvez a única força política que nunca

abdicou de defender o projeto do Alqueva,…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ora bem! Bem lembrado!

O Sr. João Ramos (PCP): — … como os senhores algumas vezes fizeram, esquecendo-se dele e

deixando-o para trás.

Se há 40 anos, quando começou a intervenção em Alqueva, a barragem tivesse sido construída, talvez

hoje o distrito de Beja não estivesse despovoado como está, não tivesse 13 000 desempregados nem as

dificuldades que tem.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. João Ramos (PCP): — Agora, respondo-lhe relativamente à mina de Aljustrel. Logicamente, o Sr.

Deputado falou em Aljustrel. É um exemplo muito interessante e nem percebo porque é que o trouxe aqui.

O governo do PS decidiu entregar 125 milhões de euros à Martifer para viabilizar a mina de Aljustrel, para a

pôr novamente a trabalhar e para criar os 900 postos de trabalho que lá existiam.

Logicamente, foi numa altura em que andávamos em campanha eleitoral para as autárquicas que o Sr.

Primeiro-Ministro anunciou isto, em Aljustrel. O certo é que os 900 postos de trabalho ainda não foram criados.

Conforme informações deste Governo, a mina tem neste momento, 418 postos de trabalho, não os 900 que os

senhores contrataram com a empresa.

Protestos do Deputado do PS Luís Pita Ameixa.

Se o Sr. Deputado acha que não está mau, considerando que há 13 000 desempregados no distrito,

percebe-se claramente a noção que tem do serviço público e do gasto dos dinheiros públicos.

A Sr. Presidente (Teresa Caeiro): — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. João Ramos (PCP): — Vou concluir, Sr.ª Presidente.

Quanto à alternativa do PS, por tudo o que referi, percebemos que o PS é uma parte do problema. O PS

contribuiu para que o País chegasse onde chegou nos últimos 36 anos e, logicamente, a alternativa não são

as políticas que o PS tem desenvolvido mas, sim, outras políticas.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem a palavra, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado Pedro

Filipe Soares.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado João Ramos, gostaria, em primeiro lugar,

de saudar a realização das Jornadas Parlamentares do PCP. Foi feliz a escolha do local para a realização das

jornadas, porque, por força das circunstâncias e não pelos melhores motivos, Beja vive também muitas das

dificuldades que o resto do País vive, hoje em dia.

Nos dias que antecedem a apresentação de um dos mais nefastos orçamentos do Estado que Portugal

alguma vez viu, acredito que a reflexão sobre as propostas desse orçamento do Estado deve ter estado em

cima da mesa, e que elas também devem ter sido muito sentidas pelos habitantes do distrito de Beja. E digo-o

porque Beja também é reflexo dos problemas a que o Governo votou parte do interior do nosso País: é reflexo