26 DE OUTUBRO DE 2012
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Estre apoio é fundamental para os produtores e será pago ainda este ano, o que representa um acréscimo
de 54% da ajuda que estava prevista, de 6,07 milhões de euros.
Não posso deixar de notar que o Governo português conseguiu uma ajuda suplementar maior para
Portugal do que os espanhóis obtiveram para os seus agricultores, o que isto demonstra uma clara defesa da
agricultura nacional, da economia nacional e dos agricultores portugueses.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Claro que todo este processo negocial e os pagamentos feitos aos
agricultores só foi, e é, possível porque este Governo executou e concluiu o parcelário agrícola e concluiu
também os controlos aos agricultores.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — O trabalho prosseguido na PARCA (Plataforma de Acompanhamento
das Relações na Cadeia Agroalimentar) já deu, e está a dar, os seus frutos, nomeadamente com a
apresentação dos diplomas sobre os prazos de pagamento e as práticas individuais restritivas do comércio.
Em relação a estes dois projetos, a produção e a indústria consideram-nos muito positivos e disso já deram
nota.
Se esta Plataforma tivesse sido criada há mais tempo, como o CDS aqui defendeu, há mais de três anos,
de certeza que toda a cadeia teria, hoje, maior satisfação e maior competição.
Com o apoio institucional, com o apoio financeiro, com a negociação internacional, com o
acompanhamento do setor da produção, da indústria e da distribuição por parte do Governo e, sobretudo, com
a tenacidade, o empreendedorismo e a vontade dos agricultores, Portugal está a importar menos, está a
exportar mais, tem emprego no setor agrícola, o setor está a crescer. Em 2011, o valor acrescentado bruto da
agricultura cresceu 2,4% e o da indústria transformadora 0,4%.
Mas o setor não está parado: em 2011, investiram-se 700 milhões de euros na agricultura e há neste
momento em análise mais de 1000 candidaturas à instalação de jovens agricultores, nas direções regionais de
agricultura, o que nos leva a concluir que este setor se está a rejuvenescer, a modernizar e a inovar.
Depois de muitos anos de governos de costas voltadas para o setor, este Governo tem uma clara aposta
na dinamização do setor agrícola, do setor florestal, do setor do mar, em particular, das pescas, na sua
modernização, na sua internacionalização, na sua competitividade e naquilo que é, seguramente, um bem
para o País, para o emprego, para a economia e para os agricultores portugueses.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
O Sr. Presidente (António Filipe): — A Mesa regista três pedidos de esclarecimentos, dos Srs. Deputados
Agostinho Lopes, do PCP, Luís Fazenda, do BE, e Pedro do Ó Ramos, do PSD.
Tem a palavra o Sr. Deputado Agostinho Lopes.
O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Abel Baptista, o Sr. Deputado continua a
fazer um esforço notável para defender a Ministra do CDS-PP.
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Exatamente!
O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — É notável o esforço, mas julgo que não vai chegar, Sr. Deputado!…
Começaria pela questão do excedente comercial. O Sr. Deputado falou daquilo que subiu na agricultura,
mas esqueceu-se de que grande parte desta subida do excedente comercial — para lá da brutal queda da
importação ligada ao afundamento do mercado interno, da capacidade de compra dos portugueses e das
empresas portuguesas —, mais de 50%, é de combustíveis líquidos, do ouro que os portugueses estão a
vender,…