23 DE NOVEMBRO DE 2012
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Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, não se registam pedidos de palavra em relação ao artigo 8.º —
Afetação de verbas resultantes do encerramento de contratos-programa realizados no âmbito do Programa
Polis para as cidades, à proposta de artigo 8.º-A — Cessação dos contratos com o ensino particular e
cooperativo, aos artigos 9.º — Reorganização de serviços e transferências na Administração Pública, 10.º —
Alterações orçamentais no âmbito do PREMAC, QREN, PROMAR, PRODER, PRRN, MFEEE e QCA III, 11.º
— Transferências orçamentais e atribuição de subsídios às entidades públicas reclassificadas e 12.º —
Retenção de montantes nas dotações, transferências e reforço orçamental e às propostas de artigos 12.º-A —
Revogação da Lei dos Compromissos e dos pagamentos em atraso das entidades públicas e 12.º-B —
Acumulação da remuneração e da pensão dos titulares de cargos políticos das Regiões Autónomas.
Relativamente ao artigo 13.º — Transferências para fundações, estão inscritos os seguintes Srs.
Deputados: Nuno Serra, do PSD, Adolfo Mesquita Nunes, do CDS-PP, e também o Sr. Secretário de Estado
da Administração Pública.
Tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Serra.
O Sr. Honório Novo (PCP): — O CDS vai usar da palavra?!
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Já é a segunda vez!
O Sr. Nuno Serra (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Secretários de Estado, Srs. Deputados, uma das
melhores formas de respeitar e de fazer justiça para com o povo português, que são os que mais sofrem e
mais sacrifícios fazem por Portugal hoje em dia, é sermos mais exigentes na avaliação do custo-benefício de
cada cêntimo que cada contribuinte dá ao Estado para gastar, algo que foi esquecido durante os últimos anos.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Nuno Serra (PSD): — O modelo de financiamento apresentado para as fundações é o exemplo de
uma governação mais justa, mais rigorosa, mais racional e mais respeitosa com os dinheiros públicos
portugueses, algo que o Governo anterior nunca teve coragem de fazer.
Para além disso, os tempos são excecionais e os tempos excecionais exigem medidas também
excecionais e as fundações não podem ser uma exceção a essas medidas excecionais.
Para o PSD, não há exceções enquanto os portugueses não forem a primeira exceção.
O PSD reconhece a utilidade pública de muitas das nossas fundações, mas também reconhece que, neste
momento de crise, todos temos de contribuir, sem exceção, para um bem comum maior, o futuro de Portugal.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Protestos do Deputado do PCP Bruno Dias.
A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Adolfo Mesquita Nunes.
O Sr. Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Srs. Secretários de Estado, Srs. Deputados:
O Governo apresentou aqui, durante este ano, uma revisão do quadro das fundações e das transferências
para as mesmas. Foi um debate alargado, quer na sociedade portuguesa, quer neste Parlamento.
O CDS disse aqui, nessa ocasião, que era seu entendimento que o Governo poderia ter ido mais longe no
corte das transferências para estas fundações.
Em consequência e em coerência com essa preocupação manifestada pelo CDS neste debate, surge aqui
esta proposta de alteração de aprofundamento do corte dessas transferências para as fundações. Este é um
exemplo, de vários que teremos hoje, da relevância e do papel do Parlamento no processo orçamental e é
também um exemplo, nos tempos que correm, de como as bancadas da maioria têm como função ajudar a