I SÉRIE — NÚMERO 21
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Assim, Os Verdes propõem neste artigo as transferências financeiras necessárias para que o Governo
proceda à eliminação de barreiras arquitetónicas nos edifícios públicos, conforme determina o Decreto-Lei n.º
163/2006, de 8 de agosto, para que o Governo garanta a comparticipação social das ajudas técnicas de apoio
às pessoas com deficiência e para que o Governo possa garantir o acompanhamento médico, periódico e
gratuito, aos trabalhadores da Empresa Nacional de Urânio, conforme determina a Lei n.º 10/2010, de 14 de
junho, e, por fim, Os Verdes propõem que se proceda às transferências financeiras necessárias para a
remoção de amianto em edifícios públicos, nos termos da Lei n.º 2/2011.
Sabemos que a questão do amianto não é uma prioridade do Governo. Isso foi dito pela própria Ministra do
Ambiente, não foi o Sr. Ministro das Finanças que o afirmou, mas nós consideramos que a saúde pública
deveria merecer mais atenção por parte do Governo, porque dizer-se que a remoção de amianto não é
prioritária é o mesmo que dizer-se que a saúde pública não é prioritária para o Governo.
Mas, mais: seria importante que o Governo percebesse que o cumprimento da lei é para levar a sério, até
porque o Governo também está sujeito à lei e, aliás, devia dar o exemplo.
O amianto é, como se sabe, uma substância altamente perigosa para o ambiente, mas sobretudo para a
saúde pública, motivo pelo qual a Lei n.º 2/2011 veio proibir a sua utilização em novas construções. Mas, para
além disso, esta Lei também veio estabelecer procedimentos e objetivos com vista à remoção de produtos que
contenham fibras de amianto e que foram utilizadas no passado, sobretudo em escolas e espaços
gimnodesportivos.
Apesar disso, o Governo diz que esta matéria não é prioritária e Os Verdes, porque consideram que a
saúde pública devia assumir outra prioridade nas opções do Governo, apresentam esta proposta na tentativa
também de fazer perceber ao Governo que as leis são para cumprir, a começar pelo Governo, que devia dar o
exemplo relativamente ao cumprimento das leis que estão em vigor.
A Sr.ª Presidente: — Ainda para intervir sobre o artigo 7.º, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado da
Solidariedade e da Segurança Social.
O Sr. Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social: — Sr.ª Presidente, quero deixar
duas notas muito rápidas, a primeira para dizer que o Governo, hoje mesmo, em Conselho de Ministros, está a
aprovar uma resolução relativa ao problema do tornado que atingiu o Algarve na semana passada e que, no
próximo sábado de manhã, reunirei no Algarve com os senhores Presidentes das Câmaras de Lagoa e de
Silves e com os serviços da segurança social para, a partir de segunda-feira, começarmos a prestar apoio,
nomeadamente na recuperação das habitações das pessoas atingidas.
Quero dizer também que assinei há dois dias, tal como me comprometi há uma semana nesta Câmara, um
despacho que reforça em 1,5 milhões de euros os produtos e as ajudas técnicas para as pessoas com
deficiência, sendo esse valor, atualmente, no orçamento da segurança social, de 4 milhões. Mas, se
necessário, será novamente reforçado até ao final do ano, caso os serviços o venham a solicitar.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Em relação ao artigo 7.º-A — Garantia da estabilidade das transferências para a
Segurança Social, não existem inscrições, pelo que passamos ao artigo 7.º-B — Garante os meios para o
combate à violência doméstica, relativamente ao qual pediu a palavra a Sr.ª Secretária de Estado dos
Assuntos Parlamentares e da Igualdade.
Sr.ª Secretária de Estado, tem a palavra.
A Sr.ª Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade (Teresa Morais): — Sr.ª
Presidente, é apenas para dizer que compreendo as preocupações que estão subjacentes à proposta de
alteração apresentada pelo Bloco de Esquerda, mas queria garantir às Sr.as
e aos Srs. Deputados do BE que
não precisam de uma alteração orçamental para garantir o financiamento dos meios de controlo à distância.
Estão perfeitamente garantidos, Sr.ª Deputada Cecília Honório. Em 31 de dezembro do ano passado, estavam
aplicadas 51 pulseiras eletrónicas; à data de 31 de outubro, estavam aplicadas 104 pulseiras eletrónicas. Não
faltou verba para ampliar este sistema em 2012 e ela está perfeitamente garantida para 2013.