I SÉRIE — NÚMERO 23
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Foi o PSD! Depois, o PS, quando foi para o governo, teve de o descer para 12% e, agora, ultimamente,
tivemos esta «prenda» do aumento de 13 para 23%.
Isto é ter sensibilidade para com um setor? Isto é preconceito, é achar que este setor não interessa para
nada e, portanto, merece uma taxa que não é competitiva e que vai levar, simplesmente, ao seu colapso.
Não podemos esperar que os senhores estudem, porque já deviam ter estudado há muito tempo!
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, na lista dos artigos, e dado o adiantado da hora, não vou referir cada
artigo de per si, vou referir os grupos de artigos relativamente aos quais a Mesa não regista pedidos de
palavra.
Assim, do artigo 187.º ao 192.º a Mesa não regista inscrições; relativamente ao artigo 193.º —
Transferência de IVA para o desenvolvimento do turismo regional, inscreveu-se a Sr.ª Deputada Elsa Cordeiro,
a quem dou a palavra.
A Sr.ª Elsa Cordeiro (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados: A
minha intervenção é mais generalizada, sobre as medidas tomadas no âmbito do IVA.
Em primeiro lugar, quero dizer que não nos cansaremos de relembrar que os Orçamentos do Estado de
2012 e 2013 estão fortemente condicionados pelo cumprimento das obrigações assumidas perante a troica.
Este é o Orçamento do Estado possível. Certamente é um Orçamento do Estado de dificuldades, de
sacrifícios, mas é o Orçamento possível, que comporta medidas muito positivas e há que esclarecer os
portugueses quanto a estas medidas positivas.
Deste modo, permitam-me dar três exemplos: primeiro, o financiamento do Programa de Emergência
Social com uma parte da receita do IVA, à semelhança de 2012, aumentando, assim, os recursos destinados
ao apoio das famílias portuguesas com carências sociais.
Segundo exemplo: manutenção do direito à restituição do montante equivalente a 50% do IVA que as
instituições particulares de solidariedade social, que tanto necessitam e suportam, na aquisição de bens e
serviços relacionados com a construção, a manutenção e a conservação dos seus imóveis.
Terceiro e último exemplo: a reforma do regime de faturação em Portugal, onde são criados os
mecanismos necessários para um combate mais eficaz à informalidade e à economia paralela, que o Governo
aprovou em julho de 2012.
Sr.as
e Srs. Deputados, estes três exemplos demonstram a preocupação do Governo na proteção dos mais
desfavorecidos, no combate à fraude e à evasão fiscal sem nunca perder de vista a consolidação orçamental e
a recuperação económica de Portugal.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, relativamente ao artigo 194.º — Alteração ao Código do Imposto do
Selo, não se registam inscrições.
Para o artigo 195.º — Aditamento à Tabela Geral do Imposto do Selo, tem a palavra a Sr.ª Deputada Elsa
Cordeiro.
A Sr.ª Elsa Cordeiro (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados: O
Governo tem procurado, incessantemente, no âmbito da matéria fiscal, promover a equidade fiscal, obrigando
a pagar mais quem mais pode, no sentido de uma repartição de impostos mais justa.
Assim, pretendo salientar duas medidas: desde logo a tributação em 20% dos jogos sociais e, por outro
lado, o pedido de autorização para tributar em sede de imposto do selo uma taxa até 0,3% na maior parte das
transações financeiras efetuadas em mercado secundário, autorização esta, Sr.as
e Srs. Deputados, que, ao
contrário do que os partidos da oposição erradamente reclamam, vem no seguimento de uma iniciativa
europeia para a criação de um imposto europeu.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.