27 DE NOVEMBRO DE 2012
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O Sr. Paulo Batista Santos (PSD): — O método de isenção conjugado com mecanismos antiabuso é
considerado, em termos internacionais, como adequado para eliminar a dupla tributação económica.
Sr.ª Deputada, creio que o português é legível, é compreensível. Pedia, assim, que este documento fosse
distribuído.
Aplausos do PSD.
A Sr.ª Presidente: — Os requerimentos dos Srs. Deputados estão registados.
Vamos prosseguir com o debate.
Relativamente aos artigos 182.º, 183.º e 184.º, não há inscrições.
Passamos, agora, ao Capítulo XIII — Impostos indiretos, Secção I — Imposto sobre o valor acrescentado.
Quanto ao artigo 185.º — Alteração ao Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, estão inscritos,
para já, os Srs. Deputados Fernando Virgílio Macedo, do PSD, e Agostinho Lopes, do PCP.
Tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Virgílio Macedo.
O Sr. Fernando Virgílio Macedo (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs.
Deputados: Este grupo parlamentar e esta maioria reconhecem a importância que o setor da hotelaria,
restauração e similares tem para a economia nacional. Também todos já sabemos das razões históricas que
obrigaram o Governo, numa situação de emergência financeira, a proceder ao aumento da taxa de IVA para o
setor da restauração, alimentação e bebidas.
Protestos do PS.
Mas esse aumento não quer dizer que o Governo não esteja atento e alerta para a evolução que tem
ocorrido nesta atividade económica e na empregabilidade deste setor, tão importante e relevante para a
economia nacional.
Mais do que a implementação de medidas fiscais pontuais e desgarradas aplicáveis a este setor, é, no
nosso entender, muito importante e de enaltecer a proposta da criação de um grupo de trabalho
interministerial, que, em colaboração com todos os representantes do setor, possa fazer uma efetiva avaliação
do regime fiscal aplicável a toda esta atividade económica. Esse grupo de trabalho deve fazer o seu trabalho
sem preconceitos, sem ideias pré-concebidas, sem ideias pré-definidas e deverá fazer uma análise criteriosa
não só sobre a evolução recente mas também fazer uma avaliação prospetiva do mesmo setor.
O Governo tem consciência da importância deste setor atividade, que é composto, sobretudo, por micro,
pequenas e médias empresas, as quais são extremamente relevantes na criação e manutenção do emprego e
contribuem decisivamente para o bom desempenho turístico do País.
Dessa avaliação conjunta a efetuar, a qual poderá ser realizada já com base na análise de dados
históricos, estamos convictos de que poderá resultar um regime fiscal mais justo e equitativo aplicável a este
setor.
O Governo está sensível aos argumentos das associações setoriais, mas também tem a firme convicção de
que os empresários deste setor estão conscientes da situação de emergência financeira do País e que
também eles estão disponíveis para participar no esforço coletivo necessário ao reajustamento da nossa
economia.
O importante e o fundamental é que, no final dos seus trabalhos, este grupo de trabalho possa propor uma
fiscalidade justa e equitativa para este setor da atividade económica e que assegure a sua sustentabilidade
futura, pois é do interesse nacional que este setor se mantenha competitivo, sustentável e continue a prestar
serviços de qualidade, em defesa do património intangível nacional.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Agostinho Lopes, do PCP.