I SÉRIE — NÚMERO 23
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O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — São as PPP do Dr. Paulo Campos? Onde está aquilo que poderia
ser uma proposta do Partido Socialista para uma redução, igual a esta ou maior, da sobretaxa?
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Zero!
O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — Espere! É já a seguir!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Não existe, Sr. Deputado!
Isso prova aquilo que o Partido Socialista representa: um partido que, outrora, tinha alternativas, tinha
responsabilidade e sentido de dever e que, hoje, os portugueses gostariam de ver com essa alternativa, mas
que, infelizmente, hoje, e com as intervenções do Sr. Deputado, não passa de um grande Bloco de Esquerda.
E isso é pena para a democracia portuguesa.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
A Sr.ª Presidente: — O Sr. Deputado Eduardo Cabrita voltou a inscrever-se.
Tem a palavra.
O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — Sr.ª Presidente, já vimos a alternativa ao Governo que o CDS tenta
oferecer.
Terão oportunidade, a seguir, nas propostas do PS em matéria de IRC e de IMI, de ver como se faz justiça.
Aprovem as nossas propostas!
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Prosseguimos com as normas que constam do título relativo aos impostos diretos.
Relativamente aos artigos 178.º, 179.º e 180.º, não se registam inscrições.
Passamos à Secção II — Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas.
Está em discussão o artigo 181.º — Alteração ao Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Coletivas.
Estão, para já, inscritos os Srs. Deputados Fernando Virgílio Macedo, do PSD, Honório Novo, do PCP, e
Hortense Martins, do PS.
Tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Virgílio Macedo.
O Sr. Fernando Virgílio Macedo (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs.
Deputados, para que o nosso programa de ajustamento tenha sucesso é fundamental que, paralelamente à
implementação das medidas de contenção orçamental previstas no Orçamento do Estado para 2013, também
sejam equacionadas medidas de competitividade económica e fiscal.
A competitividade fiscal terá de ser, sem dúvida, um fator-chave de sucesso no nosso programa de
ajustamento e poderá inverter o ciclo económico da nossa economia, pois medidas de crescimento económico
também têm de estar dentro das medidas a implementar no nosso programa de consolidação das finanças
públicas. É nesta linha de atuação que é de enaltecer a proposta negociada entre o Governo e os nossos
parceiros internacionais, no sentido de estabelecer uma taxa de IRC de 10% para novos investimentos. Este
será um primeiro passo, um primeiro grande passo, para uma verdadeira alteração do paradigma da
fiscalidade, em Portugal.
A implementação, a muito curto prazo, dessa taxa de IRC para novos investimentos transformará Portugal
num País extremamente competitivo a nível fiscal, passando assim a ser um polo de atratividade de novos
investimentos, os quais potenciarão não só crescimento da nossa economia como a criação sustentada de
emprego, e incrementará, de forma duradoura, o dinamismo da atividade económica do País.
Todos sabemos que a nossa liberdade orçamental é limitada, que existem elevados constrangimentos
orçamentais aos quais não nos podemos fugir. Mas a força desta maioria e deste Governo, no sentido de
transformar a nossa economia numa economia mais competitiva e saudável, é todos os dias mais forte.