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I SÉRIE — NÚMERO 32

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Se a Sr.ª Deputada tivesse ouvido a resposta que dei ao Sr. Deputado Virgílio Macedo, saberia

perfeitamente que esta maioria tem consciência das dificuldades que enfrenta neste momento. Há pouco, eu

disse que só quem não tem que fazer escolhas, só quem não é escolhido para fazer essas escolhas é que não

é posto perante essas dificuldades. Há uma primeira distinção, que é evidente, Sr.ª Deputada, entre quem é

posto perante esta responsabilidade de ter de fazer escolhas e quem nunca é escolhido para isso.

Naturalmente, a Sr.ª Deputada está entre aqueles que nunca são escolhidos para isso, portanto tem um

determinado tipo de atitude que é coerente com o tipo de função que a democracia lhe tem atribuído.

Protestos do BE e do Deputado do PCP Jerónimo de Sousa.

Contudo, para quem é chamado a responsabilidades, há, de facto, momentos em que essas

responsabilidades são difíceis e a Sr.ª Deputada deveria perceber melhor do que ninguém que nessas alturas

ou se está calado ou se diz o que se pensa.

Ora, do nosso ponto de vista, é muito mais útil dizer o que se pensa; é muito mais útil, se há escolhas que

podem seguir por um caminho certo ou por um caminho errado, dizer que elas devem seguir pelo caminho

certo. Foi isso, claramente, que eu disse sobre a RTP. Referi qual é o caminho que entendemos certo. E,

neste momento, estão em cima da mesa escolhas que, se forem tomadas e concretizadas, são más. Digo-lhe

isto com toda a clareza.

Isso é ter opinião, nada tem que ver com o facto de apoiar ou não o Governo, tem que ver com espírito

crítico. Os senhores é que estão sempre de acordo relativamente a tudo, Sr.ª Deputada.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Para os senhores tanto dá ter um ou outro porque não

acrescentam nada, já se sabe que é a mesma coisa.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Felizmente, há maiorias que não são assim. Há maiorias em

que as pessoas pensam pela sua cabeça, são capazes de dizer aquilo que acham e, imagine lá esta

extravagância, de acharem que o facto de haver pessoas que pensam de maneira diferente pode ajudar à

construção das soluções.

Protestos do BE.

Em relação à questão da ANA, queria dar-lhe também uma resposta muito concreta.

A Sr.ª Deputada também vive presa a dogmas e, portanto, considera que a autonomia que permite à região

Norte ser competitiva, designadamente por ter um aeroporto, tem a ver com o facto de esse aeroporto ser

público ou privado. Pois nós não entendemos nada disso. Entendemos que o que dá competitividade à região

é o aeroporto ter ou não uma gestão autónoma e, tendo uma gestão autónoma, ter uma gestão integrada que

potencie a competitividade regional. O nosso complexo não é quem é dono do aeroporto, é se o aeroporto

funciona ou não ao serviço da região.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Honório

Novo.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado João Almeida, lamento dizer-lhe mas o que

este debate mostra, tanto da parte do CDS como da parte do PSD, é que os senhores não têm escolhas, nem

prioridades, nem nada de palpável e concreto para levar à região Norte. Vamos ver por partes.