I SÉRIE — NÚMERO 32
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O Sr. Paulo Batista Santos (PSD): — … e, acima de tudo, Sr.ª Deputada, deu a garantia de que está a
fazê-lo em nome de Portugal e com a mais completa transparência.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Fugiram!
O Sr. Presidente (António Filipe): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Secretária de Estado do
Tesouro, que beneficia de transferência de tempo da bancada do CDS-PP.
A Sr.ª Secretária de Estado do Tesouro: — Sr. Presidente, antes de mais, agradeço aos Srs. Deputados
do CDS-PP a cedência de tempo.
Gostaria de responder às perguntas do Sr. Deputado Paulo Sá a que não me referi anteriormente.
O Sr. Deputado Paulo Sá começou por dizer que este diploma espelha as convicções do Governo.
Naturalmente, Sr. Deputado; é suposto que assim seja.
E perguntou-me o que acontece aos serviços públicos. Os serviços públicos não podem ser assegurados
por empresas em situação de insustentabilidade financeira. Temos imensas empresas no setor empresarial do
Estado que não prestam sequer serviços públicos de grande relevância. Se essas empresas não forem
sustentáveis financeiramente, não há, em termos objetivos, nenhuma razão para que os contribuintes
continuem a suportar esses custos, porque os impostos, de facto, custam a pagar, Sr. Deputado.
Relativamente aos serviços públicos, eles serão sempre assegurados, sendo obrigação do Governo criar e
manter as condições nas empresas para que possam ser assegurados adequadamente. Isto não tem nada a
ver com os objetivos de privatizações, que são tratados à parte e que, naturalmente, foram explicitados e
constam dos documentos e dos memorandos assinados.
Uma breve nota quanto à afirmação do Sr. Deputado Pedro Filipe Soares, que diz que quem não tem como
pagar endivida-se. Sr. Deputado, quem não tem como pagar evita gastar, porque a dívida tem de ser paga
mais tarde; não se endivida!
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Protestos do PS, do PCP e do BE.
No que diz respeito à questão sobre o diploma da salvaguarda dos ativos estratégicos, mais uma vez digo
a esta Câmara que continuamos em discussão com a Comissão Europeia. As regras que se pretendem
implementar são contrárias à legislação europeia. Logo que possível traremos um diploma a esta Câmara,
como, aliás, já disse várias vezes.
Quanto à pergunta da Sr.ª Deputada Isabel Santos sobre o dia da amanhã, o Sr. Primeiro-Ministro já
esclareceu que a decisão será tomada amanhã.
Vozes do PS: — Ah!…
A Sr.ª Secretária de Estado do Tesouro: — Se os Srs. Deputados fazem as perguntas e não querem
ouvir as respostas, não adianta. A pergunta está esclarecida pelo Sr. Primeiro-Ministro.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Srs. Deputados, terminámos o debate, na generalidade, da proposta
de lei n.º 106/XII (2.ª), que será votada no próximo período regimental de votações, sexta-feira. Chegámos,
assim, ao fim da nossa ordem de trabalhos de hoje.
A próxima sessão plenária realizar-se-á amanhã, às 15 horas, iniciando-se a longa ordem de trabalhos com
a apreciação, na generalidade, da proposta de lei n.º 107/XII (2.ª) — Estabelece o estatuto do administrador