I SÉRIE — NÚMERO 40
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O terceiro produto em que estamos a apostar é o das estadias de curta duração em cidade — as
chamadas «citybreaks». Também temos linhas muito concretas para o turismo de negócios, para o turismo da
natureza, que entendemos que é fundamental para o desenvolvimento regional de parte do nosso País.
Outro produto passa também por uma maior aposta e valorização da gastronomia e vinhos nacionais, ou
seja, pelos produtos nacionais; outro produto passa pelo golfe, um produto de excelência que já foi valorizado
e premiado, muitas vezes, em concursos internacionais e que temos de utilizar para combater, ainda mais, a
sazonalidade de algumas regiões, principalmente o Algarve.
Há, ainda, uma aposta no turismo náutico e no turismo residencial — no dia 28 será lançado o programa de
promoção do turismo residencial em Portugal. Não tenho dúvidas de que o turismo residencial é uma das
principais apostas que Portugal tem de fazer ao nível do setor turístico, até para combater os problemas que
existem no setor da construção e do imobiliário e, também, para aumentar o financiamento da nossa
economia. Portanto, o turismo residencial é outro dos produtos.
O produto final, obviamente, é o produto de excelência que temos em Portugal: o sol e o mar.
Esta revisão do PENT é muito profunda, é uma revisão que agora será objeto de consulta pública. Espero,
também, os contributos das Sr.as
e dos Srs. Deputados, de forma a tornarmos este Plano Estratégico Nacional
do Turismo ainda mais forte e ainda mais consensual.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para replicar, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Encarnação.
O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, quero agradecer e dar-lhe os parabéns por
trazer este documento a esta Casa e pelo facto de perceber que este é um documento com pés e cabeça.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Já o leu?
O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — Entendo que é aqui, na Casa da democracia, que deve ser feita a
discussão de todos estes documentos sobre o turismo nacional.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Como é que sabe, se ainda não o leu?!
O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — Também faço o repto e lanço o mesmo desafio do Sr. Ministro: que os
partidos à esquerda deem o seu contributo; que, pela primeira vez, sejam sérios nos seus contributos; que
ajudem no contributo para um PENT melhor do que aquele que tínhamos, porque era, de facto, um PENT
completamente irreal e sem objetivos definidos.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — Por isso, Sr. Ministro, estamos gratos pela sua intervenção. Parabéns
ao seu Ministério, na área do turismo!
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Economia e do
Emprego.
O Sr. Ministro da Economia e do Emprego: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Nuno Encarnação, este é um
PENT que tenciona apostar e valorizar, ainda mais, o turismo nacional e, principalmente, apostar em nichos de
mercado e em partes do turismo nos quais não estávamos a apostar de uma forma decisiva.
O turismo residencial é um destes temas. Neste momento, temos uma fiscalidade bastante atrativa, temos
uma legislação bastante atrativa para conseguirmos impulsionar o turismo residencial e temos também, ao
nível da promoção externa, outro instrumento que é fundamental para estimularmos um maior investimento