O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

19 DE JANEIRO DE 2013

11

— pensões, subsídios e abonos — os 2 milhões de portugueses mais ricos absorvem 33,8% desses recursos,

ao passo que os 2 milhões de portugueses mais pobres recebem apenas 13,2% desses recursos.

Protestos do Deputado do PS João Galamba.

Repito, para que não nos desviemos daquilo que é fundamental: os 2 milhões de portugueses mais

abastados absorvem 33,8% desses recursos e os mais pobres recebem 13,2%.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Essa é a estatística da aldrabice!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro é este o resultado que queremos do nosso Estado

social? É este resultado justo, equilibrado, equitativo? Não deve ser, porque anda aqui muita gente

preocupada! Parece que lhes tocámos na ferida, Sr. Primeiro-Ministro.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do BE.

O Sr. João Galamba (PS): — Demagogo!

A Sr.ª Presidente. — Sr. Deputado, queira concluir.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — O que é que os Srs. Deputados querem? O que é que queremos em

Portugal? Que tudo fique na mesma? Que tudo fique assim?

O Sr. João Galamba (PS): — Demagogo!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Não só devemos ter um Estado social sustentável, como um Estado

social justo, equilibrado e equitativo, Sr. Primeiro-Ministro? Não é esta a solidariedade que queremos em

Portugal, Sr. Primeiro-Ministro?

Deixe-me terminar, dizendo que se é esta a parte ideológica deste debate então vamos debater a ideologia,

Sr. Primeiro-Ministro.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do Deputado do PS João Galamba.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Luís Montenegro, disse, corretamente, que a

reforma do Estado é uma matéria que está para além da troica e que deve ser preparada com esse objetivo.

Temos andado, até hoje, fundamentalmente focados em cumprir os termos do Memorando do

Entendimento, porque isso é muito importante. Não é para mostrar que sabemos fazer bem as coisas, é para

comprovar que nós somos os primeiros interessados em sair da situação de emergência em que estamos e

em poder mostrar, junto dos nossos parceiros, que nos disponibilizaram o financiamento — não conseguíamos

ir buscá-lo a mercado e por isso lhes tivemos de pedir que nos emprestassem o dinheiro que precisávamos

para podermos viver durante uns anos enquanto tratávamos de reparar os desequilíbrios que nos conduziram

àquela situação de desespero —, que somos gente de confiança,…

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Para onde foi o dinheiro, Sr. Primeiro-Ministro?