O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 43

6

O Sr. João Galamba (PS): — Isso é falso!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Só tinha dinheiro para a banca!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Portanto, à pergunta do Sr. Deputado sobre saber por que é que queremos

acabar com o Estado social que o País soube construir nas últimas décadas, respondo: queremos defender o

Estado social,…

Risos do Deputado PS Carlos Zorrinho.

… de tal maneira que ele possa ser sustentável e, portanto, real para os portugueses e não uma ilusão, Sr.

Deputado.

Essa é diferença.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Deputado coloca-se no mesmo plano de todos aqueles que gostam de ter, como se costuma dizer

em termos populares, «chuva no nabal e sol na eira», as duas coisas: podemos viver perfeitamente com todas

as despesas que temos, mas temos de reduzir a dívida. Está mesmo a ver-se que não há nenhuma

contradição: nós reduzimos a dívida, mas não cortamos despesa nenhuma… Nós temos um défice e, como

não podemos cortar na despesa, tivemos também de aumentar os impostos, além da redução da despesa

que, de facto, o Governo fez… Finalmente, alguém da oposição, no Parlamento, reconhece que o Governo

cortou na despesa.

É verdade, tivemos de cortar na despesa, mas também tivemos de aumentar os impostos.

O Sr. Deputado entende que o défice deve descer, mas que não podemos cortar na despesa nem

podemos aumentar os impostos! Sr. Deputado, assim também sei fazer política! Sr. Deputado, assim é fácil!

Assim, todo o País vai votar no Bloco de Esquerda.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem agora a palavra, pelo PSD, o Sr. Deputado Luís Montenegro.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados, Sr.

Primeiro-Ministro, cumprimos, até ao momento, ano e meio desta Legislatura. Sabemos que as dificuldades

têm sido muitas e são conhecidas, sabemos que o esforço que o País fez e que os sacrifícios que os

portugueses enfrentaram e enfrentam são assinaláveis e sabemos, Sr. Primeiro-Ministro, que o País teve de

travar a fundo, teve de inverter o caminho que vinha dos governos anteriores.

Esta decisão, Sr. Primeiro-Ministro, foi tomada pelos portugueses, em eleições livres e democráticas.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Não foi, não!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Este Governo e esta maioria têm, Sr. Primeiro-Ministro, toda a

legitimidade e, mais do que isso, têm a responsabilidade de serem firmes, pacientes e persistentes.

O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Até porque, Sr. Primeiro-Ministro, à nossa firmeza, à nossa paciência, à

nossa persistência contrapõe-se o tacticismo, a impaciência e a falta de credibilidade da oposição, em especial

do Partido Socialista.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.