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I SÉRIE — NÚMERO 47

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O Sr. Nuno Sá (PS): — Termino, Sr. Presidente.

De facto, constatamos que, até outubro, dos boletins de execução da segurança social, constava uma

rubrica sobre o Programa de Emergência Social…

O Sr. Pedro de Jesus Marques (PS): — A zero!

O Sr. Nuno Sá (PS): — … a zero, e, desde dezembro, desapareceu do boletim de execução da segurança

social o Programa de Emergência Social.

Aplausos do PS.

Isto é paradigmático da encenação, da propaganda do Governo, que não dá respostas sociais concretas

aos portugueses.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge

Machado.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, se há uma coisa que é certa é que o caminho

que estamos a seguir não está a resultar. E o Governo já não engana ninguém, até porque não só a realidade

como todos os dados demonstram que o caminho que o Governo segue é um caminho de desastre e de

afundamento do País.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): —- Muito bem!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Portanto, o pacto de agressão é não a solução, mas o problema do nosso

País.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — O Sr. Ministro não é o Ministro da Solidariedade e da Segurança Social; é

o Ministro das linhas de crédito e do agravamento da pobreza.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — O Sr. Ministro não só não resolve qualquer dos problemas como é

responsável pelo agravamento da situação social. O seu Governo, o Governo do PSD e do CDS-PP, nada

fazem senão cortar nos salários, nas reformas e na proteção social.

Se não, vejamos: sucessivas alterações ao subsídio de desemprego — e sempre para pior; corte de 6% no

subsídio de desemprego e de 5% no subsídio de doença; manutenção dos cortes no abono de família. E

agora, recentemente, entre outros cortes promovidos no Orçamento do Estado, saiu um novo decreto-lei, com

novas medidas e novos cortes, a saber: corte no reembolso das despesas de funeral, corte no rendimento

social de inserção e até o complemento solidário para idosos é reduzido com este decreto-lei.

O Sr. Ministro insiste na mistificação em torno das pensões mínimas, dizendo que as aumenta. A verdade é

que apenas atualizou algumas pensões mínimas, pois a grande maioria dos reformados não tem qualquer

aumento; antes pelo contrário, tem cortes.

Mas vamos às pensões mínimas que são aumentadas. O primeiro escalão da pensão de velhice é de 256

€, o que equivale a um aumento de 2,79 €/mês, 9 cêntimos/dia; o 1.º escalão da pensão de sobrevivência teve

um aumento de 1,68 €/mês; a pensão de sobrevivência, que é de 120 €, teve um aumento de 1,31 €/mês, isto