31 DE JANEIRO DE 2013
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quem merecia ganhar o Óscar da propaganda, se calhar, era o PS, não fosse a propaganda, neste momento,
ser tão mal feita.
Protestos do PS.
É que, de facto, repare: o Partido Socialista vem para aqui com este discurso, com esta intervenção, como
a que o Sr. Deputado fez agora e como outras que fizeram anteriormente, e esquece que, no PEC 4, que era
suposto ser o seu último programa de governação, tinha mais de 4000 milhões de euros previstos de cortes no
Estado social.
Vozes do CDS-PP: — É verdade!
Protestos do PS.
A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — O pedido de esclarecimento é para ali, para a bancada do
Governo!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — No Memorando de Entendimento, que foi negociado integralmente pelo
Partido Socialista, estão previstos 3500 milhões de euros de cortes em prestações sociais, isto é, no Estado
social.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!
Protestos do PS.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Sim, sim! Só em cortes diretos de prestações sociais, temos 1500 milhões
de euros!
Continuando com a propaganda, gostava de vos dizer o seguinte: o atual Ministro é o Ministro da
propaganda? Pois é!…
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Pois é?!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Mas foi o PS que congelou o IAS e as pensões mínimas e foi este Governo
que descongelou o IAS e as prestações sociais mínimas e rurais.
Posso dizer que, no tempo do PS, quem não pagasse as prestações sociais era imediatamente
executado…
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — «Diz o roto ao nu»!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — … e eram de imediato penhorados e vendidos em hasta pública todos os
bens que tivesse, inclusive a casa de morada de família. E foi este Governo que suspendeu e parou com as
penhoras, com as vendas em hasta pública das casas de morada de família das pessoas que são devedoras.
Portanto, se vamos falar em propaganda, falemos em propaganda do Partido Socialista.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Acabe lá com a propaganda!
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Sr. Deputado, peço-lhe que conclua.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Irei concluir, Sr. Presidente.
De acordo com dados do Governo, aumentam os números da cobrança coerciva. A expressão «cobrança
coerciva» pode ser um bocado assustadora e gostaria de saber, quando se fala em números, de que é que
estamos a falar e quando se fala em cobrança coerciva se isso significa cobrança executada coercivamente ou