I SÉRIE — NÚMERO 47
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O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ide ver a «matrícula»!
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — … no que se refere à saúde como parte integrante do Estado social e à
prossecução dos objetivos sociais de equidade, de justiça, de acessibilidade e de universalidade, perante a
finitude de recursos.
Peço-lhe ainda que repita, uma vez mais, quais as poupanças que, num ano, foram alcançadas para o
Estado e para os utentes, apenas com a política do medicamento, não prejudicando, pelo contrário
assegurando, uma maior acessibilidade dos doentes aos medicamentos.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro.
O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa sobre a condução dos
trabalhos.
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Tem a palavra, Sr. Deputado.
O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Queria pedir, Sr. Presidente, que a Mesa fizesse chegar ao Sr. Ministro o
texto do Memorando da troica traduzido para português onde, em parte alguma, se afirma que vamos reduzir o
número de isentos de pagar taxas moderadoras.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Sr. Deputado, a Mesa fará circular o texto.
Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Saúde.
O Sr. Ministro da Saúde: — Sr. Presidente, respondo à questão colocada pelo Sr. Deputado José Luís
Ferreira relativamente à rede hospitalar dizendo que entendemos que nunca tivemos uma rede hospitalar com
a capacidade de resposta como temos hoje, quer em termos do que é o presente quer daquilo que é a rede
hospitalar em termos de renovação.
Ou seja, mesmo com diversos erros, o certo é que vamos ter um novo hospital na Guarda, vamos ter um
novo hospital em Amarante, vamos ter um novo hospital em Lamego,…
Vozes do PS: — Quando?
O Sr. Ministro da Saúde: — … vamos ter um novo hospital em Vila Franca de Xira, e tudo isto pago,
agora, de coisas que foram feitas…
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Em termos de promessas, e apesar de erros gritantes na dimensão e na capacidade de alguns desses
equipamentos, o certo é que eles estão à disposição das pessoas.
Por outro lado, a capacidade de acesso aos cuidados de saúde, seja de consultas, seja de urgências, seja
de medicamentos, é hoje clara e globalmente maior do que era há dois anos.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ó Sr. Ministro, vá dizer isso às pessoas!
O Sr. Ministro da Saúde: — Em resposta à questão colocada há pouco pelo Sr. Deputado Bernardino
Soares, relembro-lhe que foi este Governo — aliás, foi bastante criticado — que insistiu e começou uma
política totalmente nova em termos de utilização da capacidade instalada do Serviço Nacional de Saúde.