O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 48

40

Este Governo e Pedro Passos Coelho extinguiram a Delegação do Norte do Instituto de Desporto de

Portugal.

Este Governo e Pedro Passos Coelho querem encerrar os tribunais de Boticas, Mondim de Basto, Sabrosa,

Mesão Frio e Murça. Este Governo vai desqualificar os tribunais de Chaves, Régua e Montalegre.

Este Governo pretende encerrar o internamento no Centro de Saúde de Montalegre. Este Governo quer

fechar o Hospital Dom Luís I, na Régua.

Este Governo extinguiu especialidades médicas fundamentais para as populações, no hospital, em Chaves.

Aplausos do PS.

Este é o Governo que permitiu o cancelamento da linha aérea Bragança/Vila Real/Lisboa.

Este Governo cortou percentualmente, em 2012 e 2013, as verbas de funcionamento para a Universidade

de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), num valor superior ao de outras instituições de ensino superior no

País.

Este Governo vai fechar 40% das repartições de finanças, no distrito.

Este Governo parou a requalificação das Escolas Secundárias de São Pedro, em Vila Real, e Fernão

Magalhães, em Chaves.

Este Governo travou os investimentos em equipamentos sociais, nos centros Novas Oportunidades, e nas

energias renováveis.

Este Governo exterminou mais de 60 freguesias, no distrito de Vila Real.

Este Governo descapitalizou o poder local autárquico.

Este Governo parou, interrompeu e deixou degradar as obras no túnel do Marão, talvez o maior símbolo da

travagem abrupta e do desnorte que impuseram ao País.

Aplausos do PS.

Enfim, este Governo abandonou o interior, abandonou o distrito de Vila Real e as suas populações.

Com o fim dos serviços, deixando de existir infraestruturas, ou cobrando valores incomportáveis pela sua

utilização, o interior, o mundo rural de Trás-os-Montes e Alto Douro, ano após ano, vai-se convertendo num

imenso espaço vazio, porque as pessoas deixam de ter condições para viver na região.

Escasseiam empregos, porque não existe investimento público, o que desmotiva também o investimento

privado.

Os jovens abandonaram as suas terras, porque não encontram oportunidade de trabalho. A este propósito,

recordo-vos que, no último ano, o desemprego cresceu mais de 18% e a emigração é galopante.

Entretanto, assumiu a presidência o Vice-Presidente Ferro Rodrigues.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. Rui Jorge Santos (PS): — Terminarei.

O Plano Nacional para a Coesão Territorial e as resoluções aprovadas por esta maioria, no início da

presente Legislatura, foram rapidamente esquecidos no baú sem fundo das promessas por cumprir deste

Governo.

A atual falta de uma estratégia para fomentar um dinamismo económico que gere riqueza e emprego, que

satisfaça as aspirações da população ativa do distrito, que valorize os recursos e as potencialidades territoriais

e humanas da região, e que fixe valor no interior, a partir dos seus recursos e potencialidades, é uma realidade

a que não nos podemos resignar.

Eu não me resigno. Nós, no PS, não nos resignamos a esta suposta inevitabilidade. Somos responsáveis

pelo que fazemos mas também pelo que não fazemos.

Risos do CDS-PP.