8 DE MARÇO DE 2013
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Aplausos do BE.
A Sr.ª Presidente: — A Mesa regista cinco pedidos de esclarecimentos à oradora, dos Srs. Deputados
Artur Rêgo (CDS-PP), Nuno Sá (PS), José Manuel Canavarro (PSD), Jorge Machado (PCP) e Heloísa
Apolónia (Os Verdes).
Pergunto como pretende responder, Sr.a Deputada.
A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Responderei um a um, Sr.ª Presidente.
A Sr.ª Presidente: — Muito bem, Sr.a Deputada.
Tem a palavra o Sr. Deputado Artur Rêgo.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Sr.ª Presidente Sr.a Deputada Mariana Aiveca, gostaria de esclarecer uma
coisa: a Sr.a Deputada, na sua intervenção, «encheu a boca» que o CDS isto, o CDS aquilo…
Sr.a Deputada, somos um partido democrata-cristão, um partido democrático, em que há pluralidade de
opiniões. Se houve pessoas que, a nível individual, ou porque subscreveram o documento ou por declarações
que fizeram, disseram o que a Sr.a Deputada repetiu — e não posso confirmá-lo nem negá-lo, mas se a Sr.
a
Deputada o disse haverá de tê-lo visto e não duvido de que tenha dito a verdade —, elas são responsáveis
pessoalmente por isso. Mas da boca do CDS nunca ouviu dizer que não devia existir salário mínimo ou que
nos opúnhamos à sua existência.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Esta é a primeira questão, Sr.a Deputada.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Chama-se a isto desonestidade política! É que houve aí quem
defendesse a Albânia e quem morreu em nome da Albânia!
Protestos do BE.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — A segunda questão — e aqui gostaria de lhe dar uma pequena achega,
Sr.a Deputada — é que a Sr.
a Deputada disse, na tribuna, para justificar o salário mínimo, que sem salário não
há consumo. Sr.a Deputada, fiquei admirado de ouvir isso da sua boca! Essa é uma visão economicista e, até,
com alguns laivos de capitalismo, vinda da boca da Sr.ª Deputada!
Mas vou dizer-lhe uma coisa: o entendimento do CDS é o de que as pessoas devem ter a retribuição justa
para o trabalho que fazem.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — E é por isso que se justifica o salário/vencimento. A questão do consumo é
um segundo momento, Sr.a Deputada. Trata-se é de dar às pessoas um mínimo de dignidade e retribuição
pelo seu trabalho. É isso que defendemos e sempre o defendemos.
Dito isto, Sr.a Deputada, gostaria de lhe deixar umas pequenas questões.
Sr.a Deputada, o atual salário mínimo, que está em vigor, foi decidido por quem? Foi decidido por algum
governo ou foi decidido em concertação social? Esta é a minha primeira questão.
A minha segunda questão é a seguinte: sabemos que, em concertação social, foi acordado, há anos, subir
gradualmente o salário mínimo até aos 500 €. Essa subida parou nos 485€. Porquê, Sr.a Deputada? Quem é
que congelou e impediu a subida do salário mínimo?
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Muito bem!