O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 67

32

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Em relação aos projetos de resolução,

que visam, simplesmente, reforçar e alargar o acesso à informação, não, Srs. Deputados João Paulo Viegas e

Nuno Matias, não está a ser feito e penso que a informação não faz mal a ninguém. Se os senhores estão tão

empenhados na tarifa social, aquilo que é normal é votarem a favor de iniciativas que visam a sua divulgação.

Ó Srs. Deputados, não se compreende! É que estamos a falar de informação e, mesmo assim, os senhores

são contra.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Exatamente!

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Mas falemos dos outros pontos.

Srs. Deputados, vou ler duas citações do Presidente da Sociedade de São Vicente de Paulo. Ele diz o

seguinte: «Apesar das ajudas, ainda há muitas famílias a viver em casas sem água e luz». E continua: «Não

adianta estar a dar alimentação às pessoas, se elas não têm luz nem água para cozinhar».

Vou continuar, Srs. Deputados, e vou ler uma citação do Presidente da Cáritas Diocesana de Lisboa, que

diz o seguinte: «O problema põe-se ao nível do dinheiro, porque as pessoas têm a água e a luz cortadas e

precisam de dinheiro para reativar esses bens» — e falava dos dinheiros do fundo de solidariedade da igreja

para atender a estas situações.

Sr.as

e Srs. Deputados: Consciência social não é património da esquerda, diz-nos o PSD.

Vozes do PSD: — É verdade!

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Sim, senhor! Sim, senhor! Srs. Deputados, a pobreza cresce todos os dias, lá

fora. Pelas declarações de hoje do Ministro das Finanças, o desemprego vai ultrapassar os 18% e,

provavelmente, em números oficiais, vai chegar aos 20%. Vêm aí mais de 20 000 despedimentos na

Administração Pública. Os números da recessão continuam a subir (2,3%).

Sr.as

e Srs. Deputados, aos Deputados, nesta Casa, não se exige consciência social como se exige às

pessoas lá fora, aos Deputados e Deputadas, nesta Casa, exigem-se medidas concretas, em nome da

consciência social, exigem-se medidas concretas para aqueles que mais sofrem e que mais pobres são! E a

esses os senhores, hoje, mais uma vez, voltam as costas!

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Sr.as

e Srs. Deputados, está concluído o debate, pelo que vamos entrar no período

regimental de votações.

Antes de mais, vamos proceder à verificação do quórum de deliberação, utilizando o sistema eletrónico.

Os Srs. Deputados que, por qualquer razão, não o puderem fazer terão de o sinalizar à Mesa e depois

fazer o registo presencial, para que seja considerada a respetiva presença na reunião.

Pausa.

O quadro eletrónico regista 199 presenças, às quais se acrescentam duas dos Deputados do PCP António

Filipe e Paula Santos e três dos Deputados do PSD Maria Paula Cardoso, Mendes Bota e Paulo Rios de

Oliveira, perfazendo 204 Deputados, pelo que temos quórum para proceder às votações.

Começamos pelo voto n.º 116/XII (2.ª) — De saudação pela eleição do Papa Francisco I (CDS-PP, PSD e

PS), que o Sr. Secretário vai fazer o favor de ler.

O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Srs. Deputados, o voto n.º 116/XII (2.ª) — De saudação pela eleição

do Papa Francisco I é do seguinte teor:

«O Parlamento saúda a eleição de Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco.

Filho de uma família italiana de emigrantes, vivendo a sua aventura humana na Argentina em que nasceu,

Francisco carrega, na própria existência, para a liderança da Igreja Católica o sentido ecuménico de uma

humanidade transversal como espaço de justiça.