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18 DE ABRIL DE 2013

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Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Hélder Amaral.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Duarte Pacheco, queria de felicitá-lo pelo

tema, especialmente pelo tom sereno com que abordou uma questão essencial, a da extensão dos prazos de

reembolso da dívida, que sempre dissemos ser fundamental e decisiva.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

Risos da Deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Quando atravessamos momentos de dificuldade, qualquer

oportunidade deve ser realçada e agarrada com as duas mãos.

Protestos da Deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia.

Esta oportunidade não é fruto nem do acaso nem da sorte.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Não?!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Esta oportunidade é fruto do sacrifício, da vontade dos portugueses e,

obviamente, da ação daqueles que pretendem pagar. E só cumprindo, só mostrando vontade de cumprir nos

foi permitido dar esta boa notícia.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — É um facto que os credores querem receber, mas o que é decisivo é se

queremos ou não pagar. É a vontade de pagar que é decisiva.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Não é a vontade de pagar, é a vontade de receber!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Porque eu acredito nisso, gostava de perguntar o seguinte: esta

oportunidade, esta vontade de pagar tem ou não de ser valorizada? E que valor dá à concertação, ao

necessário consenso? Refiro-me a um amplo consenso, não daqueles que não querem pagar, que não

querem cumprir e que estão no imobilismo,…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — … mas daqueles que têm a obrigação de, aproveitando esta

oportunidade, encontrar não só reformas como soluções para que a nossa vida seja sustentável e para que

possamos, de uma vez por todas, cumprir ainda melhor as nossas obrigações, aliviar os sacrifícios e voltar ao

crescimento.

Portanto, repito a pergunta: que valor dá a esse necessário consenso? Que valor dá à disponibilidade que

é exigida a todos?

Penso que este sinal que nos é dado pelos nossos credores não deve ser usado para a chicana política,

não deve ser uma arma de arremesso. Talvez se consiga um ou outro sound bite, mas a vida dos portugueses

exige de nós muito mais do que isso.

O que gostaria de dizer é que, não sendo a solução de todos os problemas, esta é uma oportunidade. E

essa oportunidade será tanto ou melhor aproveitada se formos capazes de gerar consensos, se formos