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I SÉRIE — NÚMERO 79

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capazes de encontrar soluções, se formos capazes de, dentro de nós, encontrar uma outra forma de gerir a

nossa dívida, de gerirmos a nossa vida no sentido de nos libertarmos de algo que nos atrapalha.

Deixo esta pergunta ao Sr. Deputado Duarte Pacheco, uma vez que falou nisso, falou até em egoísmos.

Gostaria de o ouvir um pouco mais sobre a necessidade ou não de consensos e o valor que dá aos

consensos.

Aplausos do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Duarte Pacheco.

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados Heloísa Apolónia, Pedro Filipe Soares e

Hélder Amaral, agradeço as questões colocadas.

Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, permita-me que lhe retribua o elogio, dizendo que a sua intervenção foi

uma verdadeira pirueta política para conseguir falar durante quase 3 minutos, sem dizer se concorda ou não

com esta prorrogação da maturidade para os empréstimos portugueses.

Vozes do PSD: — Muito bem!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — É pouco!

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Essa é que é a verdade! A Sr.ª Deputada disse que já o defendeu no

passado, mas não foi capaz de dizer que esta decisão foi positiva para Portugal e para os portugueses.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Os risos ouvidos da parte dessas bancadas sobre este trunfo que

Portugal conquistou são sobretudo uma ofensa aos sacrifícios que os portugueses tiveram de fazer, durante

mais de dois anos, para chegarmos a este ponto. Esta a realidade!

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — O que os senhores deveriam fazer era, de imediato, saudar o Governo

por ter conseguido este resultado, elogiar o País por ter conseguido este resultado e, porventura, desejar que

ele ainda possa ser aprofundado em breve.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Mas os senhores nunca conseguem ter uma palavra de saudação ao

Governo…

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Não!

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — … ou de elogio ao País, e essa é uma marca muito negativa da oposição

portuguesa.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Sr. Deputado Pedro Filipe Soares, compreendo a sua posição, mas

repare no seguinte: se o País estivesse numa situação de excedente orçamental ou de equilíbrio orçamental,

em que, por cada 1% de défice, não tivesse de ir aos mercados buscar 1600 milhões de euros, podia

verdadeiramente fazer o que queria e lhe apetecia dentro daquele limite. Mas, Sr. Deputado, por cada 1% de

défice, precisamos de 1600 milhões de euros de financiamento, precisamos que haja entidades públicas e