O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

17 DE MAIO DE 2013

21

interno. Temos de ter uma concorrência e uma regulação mais ágeis, para termos uma economia mais forte.

Temos de ter um Estado reformado, mais adequado ao presente, que nos permita libertar recursos e dar

espaço à iniciativa privada.

Para estes objetivos, todos somos poucos. O Governo já mostrou o seu empenho nestas mudanças, a

abertura para encontrar consensos e o compromisso de procurar pontes. Acreditamos que não só a maioria

mas também o maior partido da oposição responderão como Portugal precisa.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Sr.ª Deputada Cecília Meireles, para lhe pedir esclarecimentos,

inscreveram-se três Srs. Deputados, um do Bloco de Esquerda, outro do Partido Socialista e outro do PCP.

Informo que a Sr.ª Deputada responde em conjunto aos dois primeiros Srs. Deputados e, depois,

individualmente ao outro Sr. Deputado.

Tem a palavra a Sr.ª Deputada Cecília Honório.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Cecília Meireles, cumprimento-a pela sua

intervenção e, dado que também o CDS veio aqui cantar os parabéns à troica, queria começar por lhe

perguntar o que aconteceu a esse CDS, quase que poderíamos dizer a esse velho CDS que há dois anos era

um convicto defensor dos pensionistas, um partido com compromissos eleitorais muito claros que estaria ao

lado dos mais pobres, dos mais velhos e dos mais debilitados até ao fim dos seus dias! O que é que

aconteceu ao partido dos contribuintes?! O que é que aconteceu a este velho CDS, Sr.ª Deputada?!

A verdade é que o Sr. Ministro Paulo Portas é hoje um Ministro numa espécie de estado político comatoso

e talvez nos possa dizer quando considera previsível que ressuscite! O CDS deixou de poder fazer aquela

habilidade com que nos habituou aqui no debate parlamentar de ser oposição num dia, governo no outro…

Quando considera possível que o Sr. Ministro Paulo Portas ressuscite? É quando for feito um violentíssimo

ataque às pensões e às reformas?! Quando esse ataque for feito retroativamente?! Quando a confiança social

para com o Estado for completamente desmoronada com as políticas deste Governo? É nessa altura que

Paulo Portas vai ressuscitar deste estado comatoso?!

Vozes do BE: — Muito bem!

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Mais: diz a Sr.ª Deputada que nem tudo correu bem. Não, Sr.ª Deputada,

correu tudo muitíssimo mal. O que o CDS deve, hoje, responder é que tem responsabilidade, face aos

compromissos assumidos há dois anos, perante o ataque brutal ao Estado social, perante este corte

violentíssimo de 4800 milhões de euros, perante os 30 000 desempregados na função pública, perante os

cortes nas pensões e nas prestações sociais.

E esta política engenhosa, através da qual se considera que destruir o consumo das famílias, destruir o

mercado interno, atacar os salários, fazer definhar as pequenas e médias empresas que estão viradas para o

mercado interno, há de trazer, um dia qualquer, uma luz — porventura, também por inspiração divina…! — em

que o investimento se virará para o mercado externo e para o setor exportador, tem alguma sustentabilidade,

Sr.ª Deputada? Acha que este é um plano com alguma exequibilidade? Os senhores vão conseguir levar o

frenesim deste plano até ao fim quantos milhões de desempregados depois?! Quantos mais pensionistas

reduzidos à pobreza é que são precisos para vos satisfazer?!

A pergunta que faço é mesmo esta: Sr.ª Deputada, o que é que aconteceu ao velho CDS, que está, hoje,

de facto, comprometido com o ataque às pensões, com o ataque às prestações sociais, com a destruição

violenta do Estado social e de todos os trabalhadores da função pública?

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro

Jesus Marques.