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I SÉRIE — NÚMERO 93

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A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado João Pinho de Almeida, tem a palavra para responder.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, agradeço os pedidos de esclarecimento dos

Srs. Deputados Rui Paulo Figueiredo e Paulo Sá.

Começo por responder ao Sr. Deputado Paulo Sá dizendo que confundiu a causa da situação que vivemos

com uma das consequências. É que o Memorando é uma consequência, a causa é a insustentabilidade das

finanças públicas portuguesas.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Os senhores insistem em esquecer esta realidade. E percebe-se bem porquê. Falei também da

insustentabilidade das nossas finanças públicas e do facto de haver Deputados, neste Parlamento, que

defendiam opções de países que estão ainda neste momento nos primeiros lugares do clube da bancarrota,

clube esse de que Portugal saiu, sendo este um dos pontos em que a situação tem corrido como o previsto.

Falo do PCP e das propostas que o PCP faz sobre a Argentina ou sobre o exercício de governo que teve no

Chipre, isto é, são nada mais nada menos do que os dois países cuja dívida é, neste momento, mais

insustentável,…

Vozes do CDS-PP: — Bem lembrado!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — … ou seja, aqueles que fazem o que os senhores propõem

são os que estão em pior situação, que estão numa situação muito pior do que a nossa.

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Mas os senhores não se limitam a isto. Os senhores insistem

num clima de Adeus Lenine, insistem em negar a realidade.

Em relação ao IVA de caixa, que existe, dizem que não existe e à TSU, que não existe, dizem que existe.

Isto é próprio dos comunistas. Foi sempre próprio dos seus regimes, mas não leva a lado absolutamente

nenhum.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Protestos do PCP.

Os Srs. Deputados podem convencer os portugueses — nunca convenceram a maioria, nem perto disso!

— de que a realidade deve evoluir num determinado sentido, mas já era altura de perceberem que nunca os

conseguirão convencer de que a realidade não é aquela que eles veem entrar pelos olhos dentro. Esse é que

é o problema! O vosso problema, muitas vezes, é de confronto com a realidade e não com as opções políticas.

O Sr. Deputado Rui Paulo Figueiredo colocou várias questões muito importantes. Disse que concordamos

com o diagnóstico das opções sobre o crescimento e o emprego. Não concordamos só com o diagnóstico, Sr.

Deputado Rui Paulo Figueiredo, concordamos até com os objetivos. É fundamental termos mais crescimento

económico e mais emprego.

Sabe com o que não podemos concordar? Não podemos concordar com as medidas, pois os senhores não

as têm.

Risos do PS.

Repito, concordamos com o diagnóstico e com os objetivos e dissemos quais eram as medidas que

defendemos para conseguir, com esse diagnóstico, chegar aos objetivos. Esperamos que os senhores