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6 DE JUNHO DE 2013

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do aumento das pensões mínimas que foram buscar aos cortes no complemento solidário para idosos e aí têm

a dimensão da vossa noção de apoio social e de apoio aos pensionistas.

Para ficar mais claro percebam o seguinte: por cada euro que aumentaram as pensões mínimas vão agora

cortar 50 € à generalidade dos pensionistas. É esta a dimensão social da vossa política!

Aplausos do PS.

E aqui eu não pergunto, Sr.as

e Srs. Deputados da maioria e Srs. Membros do Governo, aqui eu digo que,

se era este o vosso projeto, não foi isto, seguramente, que prometeram às portuguesas e aos portugueses.

Aplausos do PS.

Com este caminho, com esta política os senhores não podem continuar a empobrecer o País, não podem

continuar a expulsar os jovens de Portugal, não podem continuar a ver nos pensionistas a «almofada» onde se

vai buscar as receitas que tentam compensar os falhanços das vossas políticas.

Aplausos do PS.

É por isso que o tempo desta política já não é o tempo da grande maioria dos portugueses.

Não é só o PS que recusa este caminho, não são só os partidos da oposição que recusam este caminho;

são cada vez mais portugueses que, confrontados com a dura realidade e com as consequências das opções

políticas deste Governo, também o recusam. Só o Governo e a maioria é que ainda não o perceberam, mas

não tardarão a percebê-lo.

Aplausos do PS.

Entretanto, assumiu a presidência a Vice-Presidente Teresa Caeiro.

A Sr.ª Presidente: — Tem agora a palavra o Sr. Ministro da Solidariedade e Segurança Social para fazer a

intervenção de encerramento.

O Sr. Ministro da Solidariedade e Segurança Social (Pedro Mota Soares): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs.

Deputados: O Partido Socialista escolheu o dia de hoje para convocar um debate sobre políticas de emprego e

exclusão social. Não pomos em causa a legitimidade para o fazer, tão-pouco colocamos em causa a sua

genuína preocupação social, que é também a do Governo e a de todos os partidos aqui representados, sem

exceção.

Uma preocupação constante sobre a resposta a dar aos portugueses que não conseguem encontrar um

emprego, às famílias mais expostas aos efeitos da crise, aos mais idosos que somam aos seus baixos

rendimentos a sua situação de fragilidade, sobretudo no dia em que faz dois anos que Portugal foi a votos.

É importante, por isso, relembrarmos o nosso ponto de partida.

Portugal foi obrigado a pedir assistência externa em abril de 2011 pela gravíssima razão de que estava a

poucas semanas de não poder pagar os seus compromissos mais elementares com os trabalhadores e com

os reformados e porque se encontrava na eminência de uma rutura financeira e de toda a sua economia.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Mentira!

O Sr. Ministro da Solidariedade e Segurança Social: — Faz hoje dois anos que os portugueses

escolheram legitimar a opção que lhes permitia ficar dentro do euro. Cerca de 85% dos Deputados desta

Câmara representam partidos que se reveem nessa opção e o dia em que os portugueses legitimaram o

cumprimento das nossas responsabilidades internacionais, mesmo sabendo que é um tempo difícil e doloroso

para recuperarmos a nossa liberdade como País.