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7 DE JUNHO DE 2013

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não esquecer que também foi alterada a lei das rendas, um processo que estava por cumprir também, da

Legislatura anterior.

Protestos do PCP.

Também uma nova política, Srs. Deputados, de diplomacia económica e de incentivos que tem favorecido

o aumento das exportações, em especial para os mercados não europeus.

E, finalmente, Srs. Deputados, o apoio à economia e às empresas, com medidas como o PAEL (Programa

de Apoio à Economia Local), que pôs 1000 milhões de euros nas nossas autarquias para que pudessem

pagar, na economia local, as dívidas aos seus fornecedores, ou, mais recentemente, o IVA de caixa e o

estímulo ao investimento com medidas fiscais que, hoje mesmo, vamos discutir neste Parlamento.

Srs. Deputados, sabemos que estes dois anos não foram fáceis para ninguém, nem para os portugueses

nem para quem tem a responsabilidade de governar, mas acreditamos que temos razões para confiar neste

caminho que temos seguido.

Estamos determinados em garantir que os sacrifícios que estão a ser feitos pelos portugueses não serão

jogados por terra, agora que a maior parte do ajustamento, dois terços do ajustamento já estão cumpridos.

Este é o nosso compromisso que queremos renovar, aqui e agora!

Há uns que querem eleições porque só estão a pensar neles próprios, querem aproveitar a todo o custo a

insatisfação do momento. Nós vamos manter-nos do lado da estabilidade, do reformismo, da perseverança e

do futuro de Portugal.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para pedir esclarecimentos, inscreveram-se os Sr. Deputados Carlos

Zorrinho, do PS, Pedro Filipe Soares, do BE, António Filipe, do PCP, e Nuno Magalhães, do CDS-PP, tendo o

Sr. Deputado Luís Montenegro informado a Mesa que pretende responder individualmente.

Tem, então, a palavra o Sr. Deputado Carlos Zorrinho.

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Luís Montenegro, dois anos! Dois anos que

fizeram tanto mal que pareceram várias décadas.

Risos do PSD.

De facto, os resultados não enganam.

Em dois anos, Portugal recuou 18 anos no nível de criação de emprego; em dois anos, Portugal recuou 13

anos na riqueza produzida; em dois anos, recuámos 38 anos na saúde institucional; em dois anos, recuámos

mais de um século no ânimo e na força dos portugueses para enfrentar o futuro.

Aplausos do PS.

Por isso, Sr. Deputado, dois anos depois, o balanço é claro: basta! É tempo de mudar.

Não deixámos de assinalar estes dois anos, e fazemo-lo sem crispação. Temos consciência de que a

crispação tem servido de «cortina de fumo» à impreparação do Governo. Nós estamos a preparar, com os

portugueses, com a sociedade civil, com os parceiros sociais, com os partidos políticos que assim o

entenderem, uma plataforma alternativa para o emprego.

Temos um Governo que não sabe fazer reformas. As reformas são necessárias, mas este Governo só sabe

amputar, e amputar não é reformar.

Este Governo não compreendeu que não é possível consolidar as finanças públicas sem agir sobre a

economia. Este Governo não compreendeu que o fim último da governação são as pessoas, e se as pessoas

não estiverem mobilizadas os resultados não são possíveis de atingir.

Sr. Deputado Luís Montenegro, dois anos depois, Portugal não tem Governo. Pelos critérios de

modernidade, pelos critérios de boa governação, Portugal não tem Governo.