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7 DE JUNHO DE 2013

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O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … e conscientes das nossas convicções e do que tem de ser feito para

recuperar Portugal.

A propósito do desemprego, tive ocasião de dizer — e é verdade — que é um grande flagelo, o maior que

temos na nossa sociedade. Temos um desemprego que aumentou de forma muito significativa nos últimos

tempos em função da recessão económica que Portugal vive e, também, a zona económica em que nos

integramos. Mas nunca dissemos aos portugueses — por isso, não somos nós os cínicos, e já lá vou, Sr.

Deputado — que, neste período de ajustamento, este aumento do desemprego não era inevitável.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Falaram em 14%!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — O Sr. Deputado sabe que com a economia em recessão não é possível

criar emprego. E não é possível criar emprego, como o senhor preconiza, sendo o Estado a empregar mais

gente, porque essa foi uma das receitas do passado e uma das causas, também, que nos trouxe à situação de

debilidade económica.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr. Deputado, estamos em recessão e queremos, rapidamente, inverter

essa tendência e começar a criar condições para que haja crescimento económico consistente e criação de

emprego. Mas o verdadeiro drama do desemprego em Portugal é que ele já subia, e subia também de forma

significativa, quando tínhamos crescimento económico.

Vozes do PSD: — Exatamente!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Quando atirávamos dinheiro para cima dos problemas não resolvíamos

os problemas, ficávamos sem o dinheiro e o desemprego continuava a aumentar, Sr. Deputado.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Se me pergunta se temos consciência das dificuldades deste caminho e, também, uma convicção profunda

que equivale ao orgulho no que estamos a fazer, respondo-lhe: temos, sim senhor! Temos hoje condições

para poder deixar de estar com a nossa soberania limitada no prazo que nos propusemos — maio ou junho de

2014 —, algo que, se calhar, os senhores nunca confiaram que fosse possível e nunca registaram

positivamente que era desejável. Aliás, o Sr. Deputado podia ter aproveitado esta ocasião para dizer «ainda

bem que Portugal vai conseguir deixar de ter a troica a condicionar as suas políticas em junho de 2014».

O Sr. João Semedo (BE): — Não se engane!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Estamos também conscientes de que fomos capazes de reformar vários

setores. Não falei de um na intervenção que proferi da tribuna, mas vou falar-lhe a si, Sr. Deputado, e dir-lhe-ei

porquê.

Quando o Governo anunciou a reestruturação no setor empresarial do Estado na área dos transportes

públicos, aqui d’el-rei, o Bloco de Esquerda disse que iam acabar os serviços públicos de transporte e até fez

declarações que iam ao ponto de querer condicionar a decisão, porque iria acabar a carreira x, a carreira y e

as pessoas não iam ter acesso.

Vozes do PSD: — Bem lembrado!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr. Deputado, nos últimos 10 anos, os Governos anteriores acumularam

neste setor 17 000 milhões de euros de dívidas. Sabe o que é que deu a reestruturação que fomos

empreendendo em 2011 e 2012? Terminámos o ano de 2012 com resultados operacionais positivos no setor

dos transportes.