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7 DE JUNHO DE 2013

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totalmente limitada, pelo menos do ponto de vista financeiro, e de dois anos em que fomos obrigados a

cumprir compromissos internacionais assumidos em nome do nosso País pelo anterior Governo.

Estamos, de resto, de acordo não só com o diagnóstico que fez como também com as medidas, muitas

delas esquecidas pela oposição, que eram reclamadas há muito tempo por vários sectores da sociedade civil,

que eram suscitadas até pela própria oposição, nomeadamente pelo Partido Socialista, que hoje, uma vez na

oposição, e em apenas dois anos, parece ter esquecido aquilo que defendia e até aquilo que chegou a propor

nesta Assembleia.

Dois anos depois desse pedido de resgate, que lembrou, e da necessidade que tivemos de pedir dinheiro

emprestado para pagar salários, pensões, funções correntes do Estado, não deixa de ser curioso que quem

nos trouxe aqui, quem obrigou Portugal a pedir ajuda externa parece agora ter esquecido tudo, parece ter feito

a travessia toda do deserto falando até já agora num mundo de facilidades que manifestamente não existem.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Por isso, Sr. Deputado, gostaria de dizer que até poderíamos

reconhecer essa legitimidade ao Partido Socialista, não fora o facto de nos ter deixado a dívida que deixou, o

défice que deixou, os juros que deixou e até o Memorando de Entendimento que deixou e que,

responsavelmente, quer o CDS quer o PSD, numa altura difícil para o País, assinaram.

Por isso, Sr. Deputado, gostaria de dizer que da esquerda mais à esquerda já sabemos qual é a receita —

tem muitos anos e é «não pagamos, não falamos com os credores, não nos sentamos com os nossos

credores, depois logo se vê!»

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Mentira!

Protestos do PCP.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Estamos e os portugueses estão…

O Sr. João Oliveira (PCP): — É um mundo de fantasia!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Podem gritar, mas eu não me vou calar, Srs. Deputados, por muito

que me queiram intimidar.

Portanto, Sr. Deputado, dizia eu, antes de ser interrompido, que sabemos qual é a receita da esquerda

mais à esquerda. E os portugueses também sabem e aplicaram a devida receita a essa receita, anos sem

conta, vezes sem conta, nas urnas eleitorais.

Quanto ao Partido Socialista, esperávamos mais, de facto, Sr. Deputado, tendo a ver com isso a pergunta

que deixo.

Estando dois terços do Programa de Ajustamento cumpridos, com sete avaliações positivas em sete

exames regulares dos nossos credores, estando-se a tomar medidas com vista ao crescimento e ao

relançamento da nossa economia, com o IVA de caixa, o supercrédito fiscal, que vai ser discutido daqui a

pouco, a reforma fiscal, que deve ser estável e duradoura, considera ou não essencial, não para esta maioria,

não para este Governo mas para Portugal, que o maior partido da oposição e que um partido com a

responsabilidade que tem o Partido Socialista se possa juntar a nós e a esta maioria nestas reformas, que são

essenciais para o futuro do nosso País?

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Montenegro.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Nuno Magalhães, agradeço a questão que

colocou.