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I SÉRIE — NÚMERO 102

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provocar, obviamente, uma quebra da procura interna, para tentar equilibrar o nosso défice externo e, mesmo,

reduzi-lo.»

Sabe que o faz de uma maneira artificial, sabe que o faz tirando rendimento de um momento para o outro

aos portugueses. Mas o senhor comprometeu-se e disse aos portugueses que a procura externa, essa, iria

aumentar. Olhe para os dados das nossas exportações. O que é que tem vindo a acontecer? Tem vindo a

diminuir. Porquê? Porque o senhor e a sua família política aplicam a política de austeridade ao mesmo tempo

em todos os países da Europa. Esse é o duplo erro que os senhores cometem.

O Sr. João Galamba (PS): — É uma vergonha!

O Sr. António José Seguro (PS): — Os senhores quiseram convencer-nos ou convenceram-se que as

políticas de austeridade todas aplicadas ao mesmo tempo resolveriam os problemas desta crise. Pois bem,

tem aí o resultado. Não só não resolveram os problemas, como os agravaram! E é isso que continua a

diferenciar-nos do Governo: os senhores continuam agarrados às políticas de austeridade!

Mas há mais: o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) diz que, apesar de todas as políticas com

que os senhores e o FMI estão de acordo, as metas estão cada vez mais longe. Isto é, os sacrifícios dos

portugueses continuam a ser pesados, mas as metas continuam mais longe. Por isso é que o País não

percebe: se os sacrifícios não produzem resultados, se as metas estão cada vez mais longe, por que é que o

senhor insiste em mais políticas de austeridade!!

É a isto que o senhor tem de responder aqui, nesta Câmara: porquê mais políticas de austeridade? Por que

é que o Fundo Monetário Internacional o obriga, ao contrário daquilo que diz, a aplicar essas políticas em um

ano e meio e não nos dois anos e meio que o senhor tinha anunciado que tinha conseguido?

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, tem a palavra.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, serei muito poupadinho no tempo, não só porque disponho de

pouco mas também porque o Sr. Deputado acrescentou muito pouco ao que já tinha dito.

Protestos do PS.

Sobre as políticas de austeridade na Europa, Sr. Deputado, não me consta que o Presidente François

Hollande seja da minha família política, e as políticas de austeridade também vigoram em França.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Em segundo lugar, não é verdade que haja qualquer compromisso de cortes adicionais de 4700 milhões de

euros em 2013. Não é verdade!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado António José Seguro, faça favor.

O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, o senhor tem de nos dizer o

que é que vale para si o relatório do FMI, ontem conhecido.

Quero dizer-lhe, com muita clareza, que o relatório do FMI, ontem conhecido, fala da aplicação de um corte

para o que falta do ano 2013 e para 2014 — pág. 13 desse relatório.

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — É logo a página do azar…!