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I SÉRIE — NÚMERO 115

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Sr.ª Deputada, também vou solicitar a distribuição do Despacho n.º 101, de janeiro de 2009, que obriga as

empresas a responderem em 30 dias a memória descritiva de cada swap. Ou seja, em abril o Partido

Socialista conhecia a totalidade dos swaps, o que eles continham e as perdas. E o que é que fez de 2009 até

2011? Zero! Conhecia a informação, escondeu-a e não a transmitiu ao Governo.

Nós resolvemos o problema que o Governo do PS criou e o Bloco de Esquerda quis dar mais uma mão ao

Partido Socialista. Fica-lhe mal, Sr.ª Deputada!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Ana Drago.

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Sr. Presidente, o Sr. Deputado Hélder Amaral teve a simpatia de reconhecer

que tenho confrontado aqueles que eram os responsáveis governamentais à época, designadamente o então

Secretário de Estado Carlos Costa Pina.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Então, se tiver um pingo de vergonha, diga qual foi a resposta!

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Aliás, eram 10 contratos com classificação máxima de complexidade — como

diz a Sr.ª Ministra, não é toxicidade, é complexidade.

Em todo o caso, queria notar algo que é óbvio nos últimos dias: o CDS tem um problema com o dicionário,

há palavras em português em que não se sabe exatamente o que elas podem significar…

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Seja honesta! Diga quais foram as respostas!

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Primeiro era a palavra «irrevogável», agora é a palavra «referido». Ou seja,

quando a Sr.ª Ministra das Finanças (na altura, Secretária de Estado) diz que «nada foi referido a respeito

desta matéria», qual é o entendimento do CDS sobre «referência»? É uma conversa? É um documento

escrito? É uma coisa lavrada na pedra?!… Não sei, mas «referência», para mim, é referir o assunto.

Portanto, aparentemente, a Sr.ª Ministra das Finanças mentiu ao Parlamento quando disse que nada foi

referido e tudo indica que foi referido. Foi a Sr.ª Ministra das Finanças que indicou a data de 30 de junho e

sabemos que a 28 e a 29 foi referida exatamente esta matéria.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Diga lá o que foi referido?

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Sr. Deputado, enquanto estávamos nesta acesa troca de palavras, ouvi um

aparte de uma Sr.ª Deputada do PSD que pedia uma acareação,…

A Sr.ª Conceição Bessa Ruão (PSD): — Exatamente!

A Sr.ª Ana Drago (BE): — … ou seja, que se fizesse um confronto entre a palavra de ex-responsáveis da

época do Governo do Partido Socialista e a nova Ministra. Mas eu nem pedi uma acareação. O que o Bloco de

Esquerda fez foi outra coisa, foi pedir que a Sr.ª Ministra das Finanças, para que não se mantenha esta dúvida

de ter prestado declarações falsas, tenha uma segunda oportunidade de causar uma boa primeira impressão

e, portanto, volte à Comissão de Inquérito e esclareça exatamente os termos das suas afirmações anteriores.

E o que fez a maioria? Negou!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Não respondeu à minha pergunta!

A Sr.ª Ana Drago (PBE): — Sr. Deputado, como se costuma dizer, quem não deve não teme! Portanto,

como os senhores temeram, provavelmente devem. E bem sabemos como o CDS tem algum receio…

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Nenhum!