12 DE SETEMBRO DE 2013
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Gostaria ainda de dizer, e com isto termino, que o que é grave é que aqueles que votaram a favor da
Constituição, o PSD, agora a desrespeitem permanentemente. Isso é que é grave!
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Para dar, explicações, querendo, tem a palavra o Sr. Deputado João Pinho de
Almeida.
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, com todo o respeito e até amizade pelo Sr.
Deputado Basílio Horta, gostaria de referir que quando há pouco invoquei o facto de o Sr. Deputado ter votado
contra esta Constituição o fiz no contexto da liberdade que todos temos de discordar.
Protestos do Deputado do PS Carlos Zorrinho.
Sr. Deputado Carlos Zorrinho, há uma coisa que o Sr. Deputado Basílio Horta, que é jurista, sabe: a
Constituição é de 1976.
O Sr. Basílio Horta (PS): — Por amor de Deus!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — O Sr. Deputado pode dizer o que quiser, que a Constituição
tem várias revisões. Mas não estamos a falar da Constituição de 1933. Sobre a Constituição de 1933, quem cá
estava há de saber que posição é que teria sobre a mesma.
Protestos do PS.
Mas a Constituição é de 1976 e, portanto, independentemente da revisão em que estamos, a liberdade de
discordar é uma liberdade total.
Disse o Sr. Deputado Basílio Horta, dirigindo-se a esta bancada, que «era outro partido». Não, Sr.
Deputado. Com, muita honra, era o mesmo partido que o senhor ajudou a fundar, o partido que defendia a
liberdade de tal forma que permitia que uns concordassem com a Constituição e outros discordassem dela.
Era esse partido da liberdade, e esse partido aqui está, Sr. Deputado.
O Sr. Deputado pode, hoje em dia, discordar, mas é em nome dessa mesma liberdade que o senhor um dia
exerceu que neste momento também achamos que temos o direito de dizer que a interpretação da
Constituição é uma interpretação legítima, que permite aproximar regimes em Portugal e que permite que não
haja portugueses que possam ser despedidos de uma maneira e que, de um momento para o outro, percam o
seu emprego e que haja outros que possam estar num regime em que têm todas as garantias. Queremos
equilibrar os dois regimes, com um princípio que o senhor também conhece, porque o defendeu nesta
bancada: o princípio personalista, o de que a pessoa humana está em primeiro lugar, merece respeito, mas
que merece igual respeito trabalhe no sector público ou trabalhe no sector privado.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
A Sr.ª Presidente: — Também para dar explicações, querendo, tem a palavra a Sr.ª Deputada Teresa Leal
Coelho.
A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Basílio Horta, é um facto que o Sr.
Deputado votou contra a Constituição de 1976, que é a Constituição que está em vigor. E seguramente votou
contra acompanhado de boa gente.
Na Assembleia Constituinte estava boa gente no CDS-PP, como estava boa gente no PSD,…
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — E no PS!