3 DE OUTUBRO DE 2013
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Sabemos, contudo, que há muitos sítios nos quais não ganhámos, mas existiram votações claras que dão
ao CDS a possibilidade de estar por dentro da política local e abrem excelentes espectativas para o futuro. É
disso exemplo Oliveira do Bairro, Vinhais, Vagos, Mêda e Calheta (onde o CDS obteve entre 25% e 37% da
votação), para além de outros 25 municípios onde passou a ter uma representação no executivo, como, por
exemplo, Monção, Alcobaça, Bombarral, Trofa, Armamar, entre outros.
Obtivemos ainda bons resultados em territórios tradicionalmente adversos. Veja-se, por exemplo, o caso de
Viseu, onde eu próprio fui candidato e onde há 20 anos o CDS não elegia um vereador. Fomos, também,
dignos dessa confiança.
Aplausos do CDS-PP.
Também a sul do Tejo, onde o CDS tem agora vereadores em Portimão, em Elvas e Alcochete.
A nossa resposta para quem em nós confiou só pode ser uma: contem connosco.
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — A nossa participação estendeu-se também a muitas coligações. A
democracia cristã está presente em capitais de distrito que, nos últimos tempos, significavam bastiões de
outros partidos. Veja-se, por exemplo, os exemplos de Braga e Guarda, onde fomos fundamentais para a
quebra do ciclo autárquico.
O CDS cresceu.
Contabilizando apenas as candidaturas centristas, podemos falar-vos de um forte aumento do número de
vereadores: de 31 vereadores em 2009, passamos agora a ser 47. Isto representa um forte crescimento de
51%.
Quanto aos presidentes de junta de freguesia, o apuramento provisório que já conseguimos fazer indica
que o CDS passou de 65 presidentes de junta para 71 eleitos, quer em listas próprias quer em coligações que
lideramos.
O resultado nas juntas de freguesia é especialmente importante porque governamos mais juntas quando o
número de freguesias diminuiu de 4260 para 3091. Presidimos à maior junta de freguesia do País, que é a de
Cascais-Estoril.
Em resumo, o CDS aumentou a presidência das câmaras, aumentou os vereadores eleitos, aumentou os
deputados municipais e aumentou ainda os presidentes de junta e membros das freguesias.
Começou, portanto, a recuperação autárquica do CDS.
Caríssimos amigos, a política autárquica vai ter de mudar nos próximos anos. É tempo de as autarquias
serem parceiros das empresas, das famílias e daqueles que têm mais dificuldades. Os dados da abstenção,
os votos nulos e os votos brancos merecerem de todos uma profunda reflexão.
Acreditamos num novo modelo e numa nova dinâmica autárquica para o País. Acreditamos num modelo
autárquico moderno, capaz de transformar cada autarquia num parceiro e num polo criador de riqueza virado
para as empresas, para as famílias e para as instituições. É tempo de as autarquias libertarem a sociedade:
elas não devem fazer aquilo que a sociedade faz melhor.
Aplausos do CDS-PP e da Deputada do PSD Teresa Leal Coelho.
A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado Hélder Amaral, a Mesa regista um pedido de esclarecimento, pelo que
tem, desde já, a palavra o Sr. Deputado António Braga.
O Sr. António Braga (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Hélder Amaral, em primeiro lugar, deixe-me
cumprimentá-lo pela sua eleição como vereador na Câmara Municipal de Viseu. E, ao cumprimentá-lo,
também queria dizer, com toda a humildade democrática e com toda a responsabilidade que isso implica, que
não há qualquer dúvida de que quem ganhou estas eleições autárquicas foi o Partido Socialista, com a
presidência em 150 câmaras municipais!