I SÉRIE — NÚMERO 7
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O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — E o abono de família?
O Sr. Vieira da Silva (PS): — Essa é a verdade e com essa verdade os senhores não têm moral alguma
para falar em congelamento de pensões!
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Não havendo mais pedidos de esclarecimento ao Sr. Deputado
Vieira da Silva, vamos prosseguir com a declaração política do Sr. Deputado Altino Bessa.
Faça favor, Sr. Deputado.
O Sr. Altino Bessa (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Hoje não quero voltar a fazer o
balanço das últimas eleições autárquicas — esse já foi aqui feito, já todos os partidos tiveram oportunidade de
fazer as suas avaliações e reflexões sobre este ato eleitoral.
O que pretendo, em primeiro lugar, nesta minha intervenção é saudar os milhares de autarcas que foram
eleitos, no passado dia 29 de setembro, para as assembleias de freguesia, para as assembleias municipais e
para as câmaras municipais, a quem deixo uma palavra de apreço como reconhecimento do trabalho que
estes milhares de mulheres e homens se propuseram realizar em prol das suas populações.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Muitos destes autarcas assumirão nos próximos dias as funções para as quais foram eleitos pela primeira
vez. Destes, existem 188 presidentes de câmara que foram eleitos para o seu primeiro mandato, embora
muitos já com experiência autárquica no mesmo município ou noutro município, mas todos com novos
desafios pela frente.
O distrito de Braga não é exceção e segue de perto esta tendência. No passado dia 29 de setembro, dos
14 presidentes de câmara eleitos no distrito, 8 exercem estas funções pela primeira vez, e também alguns
deles sem experiência de gestão autárquica, como é o caso de um dos grandes vencedores destas eleições, o
Presidente eleito pela coligação Juntos por Braga, Ricardo Rio, quebrando um ciclo de governação socialista
de mais de 37 anos.
Todos os eleitos deste distrito de Braga têm a obrigação de defender a sua região e o seu distrito, e isso só
se fará com políticas concertadas entre todos. O distrito não pode continuar a ser uma manta de retalhos em
que cada um olha para o seu umbigo. Hoje os desafios são maiores, a escala é outra, as necessidades são
outras. Não peço que deixem de ter uma política de proximidade com as suas populações, não peço que
abandonem os mais desprotegidos, muito pelo contrário. Mas peço que façam um esforço de aproximação
entre todos, que tenham, em alguns eixos estratégicos, políticas concertadas, porque essa é uma obrigação
na defesa da região e do distrito.
Estes 14 municípios do distrito de Braga têm forçosamente de ter uma estratégia comum em varias áreas,
desde logo no turismo, na cultura, no seu enorme património arquitetónico e religioso.
Quando falamos deste património, temos logo presente a classificação da cidade de Guimarães como
Património da Humanidade, a candidatura do Santuário do Bom Jesus de Braga a Património da Humanidade,
o Santuário de São Bento da Porta Aberta, situado em Terras de Bouro, que é um dos santuários mais
visitados do País.
Falamos do Mosteiro de Tibães, falamos de Braga como a cidade europeia com o maior número de órgãos
de tubos, situados nas inúmeras igrejas do concelho; falamos do Parque Nacional Peneda-Gerês, que ainda
há muito pouco tempo foi alvo de discussão e aprovação nesta Câmara de vários projetos de resolução
apresentados por diferentes bancadas. O Parque Nacional Peneda-Gerês é o único parque nacional, é o
Parque mais importante de Portugal e tem uma área que se estende por três distritos — Braga, Vila Real e
Viana do Castelo.
Falamos, ainda, de um distrito que hoje tem uma marca importante e distinta no País, com o seu vinho
verde, com a sua gastronomia e com a sua paisagem; de um Distrito que ainda é uma referência nacional no