I SÉRIE — NÚMERO 30
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A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro e Srs. Membros do Governo, a quem a Mesa
cumprimenta, Srs. Jornalistas, está aberta a sessão.
Eram 15 horas e 4 minutos.
Podem ser abertas as galerias.
Antes de entrarmos na ordem do dia, vou dar a palavra ao Sr. Secretário, Deputado Duarte Pacheco, para
fazer o favor de ler o expediente.
Tem a palavra.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, deram entrada na Mesa, e
foram admitidas, as seguintes iniciativas legislativas: o projeto de lei n.º 478/XII (3.ª) — Aprova o regime
jurídico aplicável às relações intercedentes entre as instituições bancárias e as instituições prestadoras de
serviços de cartões como meio de pagamento de transações comerciais (PS), que baixa à 5.ª Comissão; os
projetos de resolução n.os
887/XII (3.ª) — Recomenda ao Governo que finalize a modernização e proceda à
reabertura do troço da linha ferroviária da Beira Baixa entre a Covilhã e a Guarda (PS) e 888/XII (3.ª) —
Recomenda ao Governo a reabilitação e reabertura da linha da Beira Baixa (BE); e o inquérito parlamentar n.º
7/XII (3.ª) — Inquérito parlamentar para apuramento das responsabilidades dos Governos e das sucessivas
administrações dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo pelas decisões que conduziram ao
desmantelamento dessa unidade industrial (PCP).
Em termos de expediente, é tudo, Sr.ª Presidente.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, vamos, então, dar início à ordem do dia de hoje, que consiste em
dois debates conjuntos: o debate preparatório do Conselho Europeu, com a participação do Primeiro-Ministro,
ao abrigo da alínea a) do n.º 1 do artigo 4.º da Lei de Acompanhamento, Apreciação e Pronúncia pela
Assembleia da República no âmbito do processo de construção da União Europeia, e o debate sobre o estado
da União Europeia, ao abrigo da alínea c) do n.º 1 do artigo 4.º da Lei de Acompanhamento, Apreciação e
Pronúncia pela Assembleia da República no âmbito do processo de construção da União Europeia.
Como todos sabem, e eu lembro, a grelha de tempos foi adotada como sendo equivalente à do debate
quinzenal com o Primeiro-Ministro.
A modalidade é de uma intervenção inicial do Sr. Primeiro-Ministro, a que se seguem, por ordem, o PS, o
PCP, o Bloco de Esquerda, Os Verdes, o CDS-PP e o PSD.
Para abrir o debate, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro (Pedro Passos Coelho): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Apresento os
meus cumprimentos a todos.
Nós realizaremos o Conselho Europeu de dezembro num quadro envolvente significativamente diferente
daquele que rodeou o Conselho de dezembro de 2012.
Nessa altura, como todos se recordam, ainda estávamos a lutar fortemente, não apenas quanto à crise
económica e financeira que se abateu sobre a Europa, mas também para encontrarmos respostas de fundo
que complementassem o edifício da União Económica e Monetária, nomeadamente o edifício que impedia, e
ainda impede hoje, que a política monetária fosse transmitida corretamente para a economia real. Foi nessa
altura que se fixou como grande objetivo aquele que o Governo português, de entre alguns governos
europeus, elegeu como indispensável para completar esse edifício, que é o objetivo da união bancária.
Sabem todos que, da parte do Governo português, esse objetivo tinha uma ambição maior, que era a de
que pudesse existir uma união financeira ao nível da Europa, mas parece-nos indispensável que, se não
estivermos ainda em condições de alcançar uma verdadeira união financeira, pelo menos, nos possamos bater
por uma verdadeira união bancária.
O ambiente, como eu disse, que rodeia esta reunião do Conselho Europeu é muito diferente do ambiente
de há um ano, por duas razões, ambas positivas.
Em primeiro lugar, porque conseguimos concluir com sucesso a aprovação do Quadro Financeiro
Plurianual, no Parlamento Europeu, que deverá, no nosso caso, constituir uma das principais alavancas da